🔞🔞DARK ROMANCE🔞🔞 A SENHORA 🔞🔞
Noah Clifford, futuro líder da Máfia Sloggers, tinha tudo sob controle e um futuro formidável a sua frente, até que sua ambição o levou a cometer um erro fatal: machucar a mulher que amava, Eva Poirot. Agora, ele...
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Noah Clifford
Acordo de sobressalto, as últimas semanas tem me deixado muito estressado, muito mais do que eu gostaria de admitir, até mais do que eu esperava ao ter feito o que fiz. Claro que eu esperava que Eva não aceitasse isso bem, e de fato, como imaginei, ela não aceitou. Não fiz o que fiz para tentar subjugá-la ou qualquer bobagem dessas, eu até poderia fazê-lo para me reafirmar, mas a verdade é que lá no fundo eu não me importava tanto assim com isso, não como eu deveria ou como todos ao meu redor se importariam caso fosse com eles.
Eva é inteligente, sagaz e muito intuitiva, o que lhe dá uma grande vantagem sobre todos os homens do conselho, inclusive sobre mim mesmo, reconheço isso. Toda a minha vida eu fui treinado para estar nessa posição, eu sou o primogênito, todos primogênitos são treinados para isso. Meu pai me levou cedo para a organização, aos dez anos eu já sabia atirar, com quinze entrei em um treinamento pesado de sobrevivência. Foi lá que aprendi a fazer mais de vinte tipos de nós diferentes, formas de torturas variadas, técnicas de negociação e diversas outras coisas necessárias para assumir essa posição.
Olho os pulsos já cicatrizados dela, os pego com suavidade para não acordá-la e acaricio o machucado causado por minha culpa, fiz um nó que eu sabia ser impossível que ela soltasse sozinha para tentar contê-la semanas atrás, mas era óbvio que ela tentaria, só não sabia que ela se feriria para isso. Olho para seu belo rosto, tão suave como um anjo. Sorrio. Ao menos dormindo ela não me odeia, ao menos quando ela dorme eu volto a acreditar que ainda existe alguma esperança para nós dois.
Suspiro cansado, é difícil ter uma direção para qualquer coisa, tenho feito o que posso para protegê-la, sei que ela não deseja o meu cuidado, assim como não deseja meu toque, minha presença, ou se quer uma simples conversa. Ao mesmo tempo em que insiste em me manter por perto, sinto que ela não deseja nada de mim. Odeio ser ignorado, e ser ignorado por ela tem um gosto muito pior. Amargo demais.
Está cedo ainda, mas me levanto, sei que ela fica melhor quando acorda e eu não estou mais aqui, faz uns dias que tenho levantado mais cedo para evitar sua expressão desgostosa a me ver.
É frustrante.
Vou para o jardim e faço uma corrida breve para me exercitar, tenho tido pouco tempo ultimamente para isso, o estresse e as investigações para encontrar alguma pista que nos leve ou ao traidor, ou aos gêmeos, ou a quem quer que seja que tenha invadido nosso depósito na fronteira com a intenção de ameaça-la e consumindo. Mas é como procurar uma agulha em um palheiro. Nenhum dos dois se manifestou novamente. Estão quietos, aguardando o momento certo para atacar. É angustiante, mas sinto que precisamos atacar para que eles se revelem.
Já de banho tomado e arrumado vou até a sala de jantar para comer antes de sair, Eva já está lá, e como sempre nós não nos falamos, apenas me sento e tomo meu café em silêncio, como de costume. Ao fim disso me ergo para sair de casa, tenho que fazer umas rondas hoje, avaliar alguns compradores de drogas, ver meu irmão e alinhar com ele as áreas de atuação das organizações. Existe uma animosidade muito grande entre os soldados, mesmo após a união realizada pelo casamento.
