Capítulo 4 - "Essa não é sua bandeira vermelha?"

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Olá cerumanos, aqui é seu hyung  ʕ•̀ﻌ•́ʔฅ
Não temos Potato Note hoje de novo, eu acho
Mas gostaria de dizer: Finalmente mais um capítulo de MI,
e prepara que esse é longo hehe
Pegue sua garrafinha de água e vamos lá >:)
(sério, vai beber água peste (ง'̀-'́)ง)

Wooyoung estava certo. Mas quando ele não estava?

A noite de fogos na quadra não foi metade de tudo o que a mente ardilosa de Hongjoong podia tramar.

Ah, não... Sua capacidade não estava limitada a invasões de propriedades, tachinhas na cadeira de professores ou chiclete nas bolsas das tias da cantina (por mais que isso realmente fizesse parte). Era bem mais do que apenas "peças de uma peste", como todos costumavam apontar.

A ideia das tachinhas na cadeira de Narae veio no dia em que Yeonjun chegou desanimado demais na escola e acabamos descobrindo que ele estava com problemas em casa quanto ao irmão mais velho. Pelo pouco que eu soube, Jongho era uma pessoa gentil e calorosa, sempre andando por aí colado a Yeonjun, mas por algum motivo, tinha simplesmente decidido deixar Mency (e consequentemente Yeonjun) para trás. Eu não o culparia por querer sair daquele fim de mundo, mas o culparia como Hongie e Young faziam por ter deixado Junnie sozinho. No fim, os berros de Narae — além de um Hongjoong sendo exposto na frente da turma com uma porra de chapéu com orelhas de burro no lugar de seu chapéu de capitão — foram suficientes para distrair nosso amigo. Hongjoong não parecia se preocupar com sua imagem ridícula sendo comentada por dias pelas outras turmas — não parecia importar para ele enquanto a história fosse engraçada para nosso meio.

Foi a mesma história com as tias da cantina, quando uma das que conversavam com ele em todos os intervalos por minutos inteiros foi repreendida por cumprimentá-lo, sendo ela uma funcionária, enquanto ele era uma peste de um aluno que não merecia interações e que "só vai render mais palhaçadas se apoiá-lo". Nesse dia, Wooyoung e eu o esperamos nos portões da escola por quase quarenta minutos, até que ele apareceu ofegante e agitado, rindo desesperado enquanto nos puxava em uma corrida pela rua. Ele ficou até depois dos horários e aproveitou a ausência das funcionárias no vestiário para se esgueirar com meia dúzia de chicletes mastigados.

Em todas as vezes em que ele era repreendido e em que os resultados de suas brincadeiras vinham à tona, o sorriso grande em seu rosto abria o meu também. Eram raras as vezes em que ele não carregava seu bom humor para a escola, porque nunca parecia haver sua falta como foi na primeira semana letiva. Mas então, aconteceu de novo.

— Onde está Hongjoong? — perguntei pela manhã assim que abri a porta de casa para que Wooyoung e Kai entrassem.

— Bom dia para você também, hyung. — Kai sorriu me empurrando para correr até o pote de cereal servido na mesa.

— Ele não vem hoje. — Wooyoung deu de ombros ao passar — Disse que não se sente disposto. Não deve ser nada, não se preocupe.

— Hmm. — Eu não concordei de verdade.

A conversa junto à mesa não foi das melhores, e os humores pareciam divergentes demais para que chegássemos a algum acordo que nos trouxesse risos pela manhã. Afinal, quem estaria animado pela manhã a não ser Hongjoong? Se ele não estava ali, então quem domaria nosso mau humor?

Na escola, foi como um dia de folga de interações. Não era nem metade da quantidade de pessoas que costumavam nos rodear no intervalo quando Hongjoong estava por perto, que dividiram a mesa no refeitório com nós dois enquanto Wooyoung permanecia estranhamente calado ao invés de rebater as reclamações infindáveis de Yeonjun sobre a cebola e os grãos de feijão.

Modo Índigo |• MinSeongJoong (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora