Capítulo 5 - ";Malditos rastros..."

26 2 0
                                    

Atualização do capítulo só pra colocar
todos os cards juntos <3

Ele estava acordado.

Eu sabia, pela forma como seus dedos se mexeram sob meu aperto.

Mesmo assim, abri os olhos devagar por medo de perturbá-lo. Meu braço estava dormente pela forma como dormi praticamente pendurado no sofá. A ideia de usar as almofadas como suporte para as costas foi ridiculamente falha como ele mesmo tinha apontado que seria, mas mesmo assim eu passei a noite massageando seus pés.

Assim que virei um pouco meu rosto, para aliviar a pressão da madeira dentro do estofado que quase machucava minha bochechas, me deparei com os olhos sorridentes de Wooyoung sentado próximo do rosto pacifico de Hongie. Ele estava sentado sobre o meu colchão de edredons, apoiando as costas no sofá.

- Bom dia - desejei.

- Cara... - Ao invés de fazer o mesmo, no entanto, ele apontou um de seus dedos finos em minha direção, o movendo de meu rosto para os pés de Hongie. - Isso aí não é nada hétero.

Suspirei e soltei os pés de Hongjoong para que pudesse me levantar e esticar as costas, me aproximando o máximo de Wooyoung antes de perguntar:

- Sabe o que mais não é "nada hétero"?

Ele riu antes mesmo de negar, e eu caí para cima de seu corpo, o prendendo contra o chão e enchendo suas bochechas com beijos.

- Mingi, não! Vamos acordar o hyung!

- Hongie? - Eu ainda o abraçava contra o chão quando perguntei. - Ele já está acordado há um tempão.

- Me conhece tão bem... - Hongjoong comentou com a voz sonolenta. - Vocês dois são muito barulhentos, vão acordar a casa inteira.

Só então nos calamos. Por medo de perturbar o sono de Minho hyung, principalmente. Ouvi barulhos vindos da cozinha, então me levantei um pouco para olhar sobre meu ombro.

Changbin mexia em uma porção de panelas, separava seu almoço e o café do dia.

- Vocês vão querer uma carona? - ele perguntou da cozinha. - Junkyu disse que vai me levar para a cafeteria hoje.

E então tomamos nossa carona.

- Tudo bem. - Wooyoung disse quando já estávamos na praça da igreja, enquanto olhava para a torre do relógio; os ponteiros marcavam nove e meia - Alguém vai me explicar o grande motivo para acordarmos tão cedo no primeiro sábado da semana de feriado? - questionou, cruzando os braços sobre o peito.

Hongjoong já estava escorado no tronco do ipê roxo de sempre. Ele estava menos florido, pelo o que eu era grato, uma vez que vivia escorregando nas flores caídas ao chão. Ele tirou um maço de um dos bolsos largos do casaco de camurça azul índigo e o isqueiro do outro, se frustrando com a manhã fria quando o vento decidiu irritá-lo e acabou não conseguindo ascender o primeiro cigarro do dia.

- Aqui. Me deixe fazer - Tomei tudo de suas mãos, me virei contra o vento e me aproximei do tronco da árvore, acendendo o cigarro depois de três tentativas e tragando como aprendi o assistindo. - Pronto.

- Obrigado.

Quando o entreguei, os olhos de Wooyoung me julgavam sorridentes, outra vez.

- Qual é o seu problema hoje? - perguntei, irritado. - Sua casa não era um lugar sem julgamentos?

- Não estamos em casa. - Ele deu de ombros.

- Nós! - Hongjoong falou alto para chamar nossa atenção. - Nós viemos aqui mais cedo porque temos um presente para comprar. E exatamente por conhecer bem nosso amigo indeciso, eu previ que precisaremos de tempo para isso. Então, se quisermos voltar para almoçar, como Minho hyung praticamente nos ordenou, é melhor nos apressarmos.

Modo Índigo |• MinSeongJoong (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora