Capítulo 6 - "Éramos apenas conhecidos"

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FURTO, FUGA E ASSASSINAT-
Ah, não... Péra...
Tem assassinato não neh?
HWA E MINGI ESTÃO EM MENCY!

Bom... Algo me diz que não é a primeira visita que nenhum dos três planejavam...

Enfim...

O Modo Índigo começa aqui.
₍ᐢ・⚇・ᐢ₎

— Furto... — foi um murmúrio sonolento — F-furto... FURTO!

E então uma de suas mãos agarrou firme o punho de Hwa que varria a parte de dentro do seu casaco.

— O que isso significa? — Chan hyung perguntou, os olhos apertados na tentativa de se focar. — Mingi... Por que você está todo manchado de batom...? Espera! VOCÊS-

— Quieto, oppa... — Hwa pediu, tampando sua boca — Eu preciso do seu carro.

A testa de Chan hyung pareceu se dobrar em uma porção de degraus.

— Algo me diz que vocês não passaram a noite no chão da sala como a maioria de nós. Então por que têm que transar no meu carro pela manhã?

Ele ainda parecia bêbado.

— Hyung, por favor... — foi minha vez de pedir.

Devia ter alguma porção de desespero em minha voz, ou ao menos em meu olhar, porque ele rolou os olhos e se contorceu contra os pés do sofá para puxar o chaveiro tilintante para fora do bolso interno do casco.

— Se alguma coisa acontecer com minha meia alma, eu te mando pro inferno de cabeça para baixo —falou, olhando fundo nos olhos de Hwa, porém não durou muito.

Assim que teve as chaves entre seus dedos, Hwa deu meia volta e me puxou em direção à porta, apenas parando para alcançar a carteira sobre o móvel ao lado e mais nada. Não paramos nem mesmo para responder aos gritos de Chan hyung, que perguntava para onde caralhos estávamos indo como se sua vida dependesse disso.

Nós partimos. A alguns quilômetros acima do aconselhado pelas placas na estrada, o silêncio de repente não parecia mais tão confortável.

— Quando aprendeu a dirigir? — indaguei apenas para interromper a tensão.

— Eu já tinha planos. — Seus olhos estavam fixos na estrada, mas varreram minha perna inquieta; e no ato de trocar a marcha, sua mão pousou ali. — Vai ficar tudo bem, Mingi.

Neguei.

— Ele teria me dito. Ele teria me dito para onde estava indo, não teria?

Ela não soube dizer. Eu também não sabia mais.

Hwa dirigiu por duas horas até encontrarmos a entrada do fim do mundo que eu chamava de casa. E não foi minimamente parecido com qualquer uma das formas as quais imaginei durante a madrugada em seu quarto. Wooyoung e Hongie não nos esperavam na rodoviária, mas uma chuva torrencial nos abraçou na entrada da cidade.

Não houve um momento, em todo o tempo em que estive em Mency, em que a chuva tivesse me molhado. Porque era tão quente quanto cinco passos do inferno, de fato, e mesmo a água não parecia inclinada a dar benção de seu frescor.

— Para onde devo ir? — Hwa perguntou e eu apontei o caminho para a casa de Hongie.

O lugar nunca esteve tão cheio, nunca pareceu tão sombrio. Ali, sob o filtro nublado da manhã chuvosa, o jardim de flamingos e gnomos parecia a entrada de um mausoléu.

Modo Índigo |• MinSeongJoong (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora