Capítulo 8 - "Isso é tão estranho... Eu me sinto tão bem."

28 1 1
                                    

— Eu prometo — Hwa disse decididamente. Os olhos firmes na melhor certeza que tentavam transmitir. — Prometo para você, Junkyu. Vou trazê-lo em segurança.

Claro, o olhar decididamente confiável era, de vezes em vezes, interrompido pelo brilho resplandecente de sempre que ela dirigia suas palavras a Junkyu.

— Ah, querida... Não me entenda mal. Não é que eu não confie em você, é nele que eu não confio.

O sorriso pequeno, mas sincero, de Hwa vacilou por pouco. Eu, me senti arrepiar ante o olhar que Junkyu noona lançou em minha direção.

Apesar de nossa óbvia decepção, Honnie apenas riu baixinho sentado ao meu lado enquanto engolia com esforço mais uma colherada de cereais no café da manhã. Nós tivemos que esperar duas noites desde que eu encontrei Honnie em seu quarto naquele madrugada — e Hwa chegou logo depois, à tempo de ouvir um pouco sobre os motivos dos últimos dias árduos de Hongjoong, o suficiente para decidir tentar reatar o que parecia ter se quebrado entre ele e Young.

"Não precisa contá-lo sobre isso, apenas o diga que esteve em dias ruins", foi o que ela disse a Honnie. "Se for honesto, aposto que ele irá ouví-lo".

Era a tentativa para a qual o tentávamos arrastar com a permissão de Junkyu noona, que chegara de viagem mais cedo naquela mesma manhã, trazendo um Hyunsuk animado e um Seokjin claramente exausto exatamente por causa da euforia do irmão mais novo.

— Isso é um absurdo! — Foi Jin quem exclamou, injustiçado, assim que se desviou do corpo de Honnie para encarar a irmã mais velha, sentado onde estava junto a nós na mesa.

Oh... Então não era para mim que Junkyu noona olhava tão furiosamente. Foi um alívio!

— Eu sou seu irmão, Junkyu! Sou irmão dele! Como poderia Hongjoong estar menos seguro ao meu lado?!

Junkyu soltou sem cuidado a panela grande que lavava contra a pia inox. O barulho estrondoso fazendo com que Hyunsuk se engasgasse com o suco que engolia, encolhido no chão ao lado da passagem para a sala.

— Pode me dizer se Hyunsuk estava seguro naquele lugar? Carregá-lo para a boate mais movimentada de Halazia, para voltar só depois das cinco da madrugada, não me prova muito como você pode ser responsável, Seokjin.

Seokjin distorceu o rosto em uma careta hilária, completamente consternado. Os fios vermelhos estavam completamente desordenados sobre a própria cabeça, da forma como ele parecia ter desistido de arruma-los em alguma altura da viagem de volta em que o vento passou a soprar mais forte na estrada.

Ele apontou firmemente para a mesa,  dobrando a ponta do indicador a ponto de empalidecer com a força empregada.

— Eu-fiquei-bêbado. — E, a partir dali, lá se foram nossas esperanças de conseguir convencer Junkyu noona a deixar Honnie nos acompanhar à noite, mesmo na companhia de Seokjin. — E ele sabia o caminho de volta para o hotel! Não voltou porque não quis!

Eu ri de como a discussão continuou se desenrolando, porque era impossível não fazer. Mas não pude deixar de me sentir incomodado com algo...

— Vocês tem algum parente em Halazia? — Perguntei, em determinada altura.

Hwa parou ao se sentar sobre minhas pernas, aceitando de bom grado quando Honnie a ofereceu o pouco que sobrara de seus cereais, mas apenas porque vinha se tornando uma mania dela comer as sobras dele nos últimos dois dias, e ele realmente tinha comido bastante se comparado à madrugada em que o encontramos.

Hyunsuk e Seokjin nos lançaram um olhar confuso por isso. Mas ninguém além de Honnie reagiu de alguma forma. Ele apenas gesticulou para que os irmãos continuassem "sua maldita refeição", quando notou o "Que merda é essa?" sussurrado de Seokjin.

Modo Índigo |• MinSeongJoong (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora