Como o habitual, Luke se recluiu na sexta-feira.
Amanda começou a estudar a possibilidade de férias no mês seguinte. Era um momento delicado da empresa e a mera ideia de tirar férias a incomodou por quase todo o dia.
Até o momento em que esteve sozinha no escritório.
Eram poucos papéis para lidar e um medo esmagador pressionou seus pulmões lhe alertando que ela não estava bem.
Enquanto o corpo tremia como se estivesse na frente de um monstro, ela relembrou do quente arfar de Farhad em seu pescoço — o que lhe fez ter terríveis calafrios.
Aos prantos, ela buscou o telefone, mas os seguranças de Luke se moveram para acudi-la. Notificaram da saída e rapidamente levaram-na à emergência.
Acionado pelos seguranças, Luke largou tudo o que fazia.
Foi cinco minutos para a crise de pânico atingir seu ápice e a moça sentir que a qualquer momento morreria.
Diagnosticada rápido por um doutor experiente, não ficou muito com o clínico geral, enviada à psiquiatria de plantão.
Doutora Laura foi como a morena se apresentou. Era baixa com a simpatia digna de quem nasceu para a profissão.
Laura conseguiu conversar com Amanda por muito tempo, conseguiu entender o que lhe acometia e a boa atmosfera do escritório até levou Amanda a aceitar outra visita à mulher.
Por recomendação médica, a moça se manteve afastada do trabalho. Já cogitava as férias e bastou Roberto saber da recomendação para simplesmente afastá-la do trabalho.
— Foque em seu casamento! — Foi o dito do pai.
Amanda sabia não poder reclamar. Mesmo que ferisse seu orgulho, precisava se render, entendendo não poder seguir.
***
A segunda-feira foi um dia cheio para Luke que passou novamente pelo conselho da empresa para sua readmissão.
Foi como o dia em que foi admitido pela primeira vez com a diferença que todos já conheciam sua competência e não tinham porque ter quaisquer receios com ele.
Claro, a notícia de seu retorno agitou o mundo dos negócios em Foz do Iguaçu e essa agitação também se expandiu para o vasto mundo do agronegócio brasileiro.
Procurado por muitos para entrevistas, ele foi cirúrgico ao escolher com quem falar, cuidando para não lidar com ninguém que o caluniou com Samira no circo de horrores.
Teve o fim de semana para ensaiar bons discursos que soprariam ares otimistas tanto nas ações de Franco, quanto nas ações de seu próprio grupo familiar.
— Ela chegou subitamente, senhor. — O secretário de Luke entrou rápido em sua sala. — Devo recebê-la? — arguiu.
Olhando para o relógio, eram quatro horas da tarde.
— Ela... quem!? — Luke franziu o cenho.
— A senhora Isabel Santos — suspirou. — Sei de sua pequena parte... ela disse ter assunto a tratar com o CFO.
Luke apenas assentiu com a cabeça, desconfiado.
— Pode permiti-la. Já estou encerrando o dia... Se eu puder pedir um pouco, sirva-nos apenas água... ambiente — riu.
— S-sim, senhor! — assentiu rápido.
Luke cuidou para ter um telefone gravando não somente o áudio do que estava por vir, mas também a imagem. Conseguiu posicioná-lo para filmar toda a mesa.
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Para Sempre Layla
Lãng mạnHá muitos, existiram Qays e Layla. Apaixonados desde a infância, o amor de Qays por Layla era tão forte que ele se tornou conhecido como Majnum Layla, ou louco por Layla, em todo o deserto. Julgado pela sociedade, Qays precisou se afastar do pov...