II. Máquina Executiva?

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 Ainda era uma terça-feira e Amanda não poderia estar se sentindo mais pressionada, tentando presumir como ficariam os negócios com a tal mudança entre os iranianos.

A exportadora era um grande nome do mercado halal e poderia se recuperar, mas precisaria começar a galgar novos nomes para assumir as posições dos clientes que perderiam.

O grupo iraniano Nazari era o maior cliente e não ter a receita advinda dos negócios com eles seria muito impactante para a empresa, exigindo criatividade para driblar a crise.

Luke a dirigiu de volta à empresa e seguiu ao seu escritório enquanto Amanda também foi à sua sala e se trancou, deixando um único recado para sua secretária:

— Estou indisponível pela próxima hora!

Mariana lhe alertaria sobre as próximas reuniões, mas a CEO apenas a ignorou e conseguiu ficar só por uma longa hora, que usou apenas para tentar se tranquilizar.

Era muito ansiosa comumente e isso seria demais.

Voltando ao trabalho, foi objetiva, como sempre. Precisou de novos contatos com todo o corpo da empresa para reaver os balanços dos anos anteriores e repensar suas estratégias.

Era tarde quando Luke terminou seu trabalho e foi no escritório de Amanda para deixar os papéis que ela pediu, mas a moça não o atendeu quando ele bateu.

O rapaz apenas suspirou, meneando a cabeça e entrou, encontrando-a cochilando com os braços sobre os papéis.

Luke foi à mesa para usar o ramal e falar com Mariana.

Senhora? — A moça atendeu rápido.

— Não é ela, Mari... sou eu. — Luke falou. — Já deveria ter ido embora, mas o mau exemplo da patroa não ajuda — repreendeu. — Antes de te dispensar, pode pedir uma refeição para a noite? Acompanho ela por hoje.

S-sim, senhor! — A moça assentiu.

Mariana pediu a refeição para ambos e ficou para receber. Levou ao escritório e Luke a dispensou do trabalho.

O CFO diminuiu o nível da luz do escritório e sentou com os papéis da matéria iraniana para transcrevê-lo empregando termos mais simples e fáceis de entender.

Era quase meia-noite quando Amanda acordou assustada — nem percebera em que momento cochilara.

— Se continuar não dormindo direito e acordando assim, morrerá disso! — Luke a alertou, olhando-a de canto de olho.

— L-Luke? — Aturdida, franziu o cenho. — Q-que hora-

— São meia-noite agora. — Ele a interrompeu. — Já dispensei sua secretária e temos uma refeição... Não é adequado pernoitar com você, mas faço esse esforço.

— Desculpa! — Ela se reparou. — Não queria dar trabalho.

— Não se preocupa. — Ele parou o que fazia para levantar e esquentar as refeições. — Estou descomplicando um pouco o material que reuni sobre o incômodo assunto do almoço.

— Você é um anjo! — elogiou. — Não sei o quão bom está meu persa para entender um jurisdiquês iraniano — riu.

— Nem quer entender! — Luke também riu.

Enquanto ele lidava com a refeição, Amanda organizou toda a papelada na mesa para conseguirem não sujar nada.

Eles tiveram sua refeição e Luke compartilhou o arquivo para explicar o pouco que tinha da situação e como agentes importantes da indústria estavam lidando com o rumor.

Para Sempre LaylaOnde histórias criam vida. Descubra agora