XIII. Morte de Reputação

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 — E-eu preciso que acredite em mim! — Luke engoliu seco ao ouvir a voz de seu pai. — Por favor, meu pai. — Rapidamente, ele entendeu que a situação poderia agravar.

Ibrahim já estava confuso e ficou ainda mais.

Saindo do quarto, a roupa de Samira estava um pouco mais maltratada do que Luke vira no momento em que saiu.

— Malik! — Ibrahim repreendeu o filho de imediato.

A moça tentava cobrir parte dos seios com um olhar quase angelical. Olhando para Ibrahim, corou e abaixou a cabeça.

Parte da virilha também estava a mostra e o homem não poderia estar mais escandalizado com a cena.

— E-eu não sei... — Foi o que Luke conseguiu dizer.

— Não sabe!? — A voz do mais velho pareceu ficar mais grave. — Vou chamar sua mãe para cuidar dela e você desce!

Saindo do quarto, Tariq ficou igualmente escandalizado e seu olhar na direção de Luke o intimou a pagar por aquilo.

A pouca reação "feliz" que Samira extraíra do corpo inexperiente rapidamente cessou quando Luke entendeu exatamente qual era a acusação no olhar de Tariq.

Atendendo ao seu pai, ele apenas desceu.

As fortes batidas do coração pareciam lhe sufocar e os ruídos da correria de sua mãe no segundo andar estavam muito distantes enquanto ele só pensava: "Perdi!"

Nem sabia o que, mas sabia que não teria como se defender, principalmente se o intuito da moça fosse realmente prejudicá-lo ao ponto de conseguir qualquer coisa.

Antes de descer os degraus à sala, Ibrahim ainda observou o filho por algum tempo. Passada a conversa anterior, não fazia sentido que algo do tipo acontecesse.

Descendo os degraus e sentando ao lado do filho, precisou chamar algumas vezes para, num susto, fazer Luke olhá-lo.

— O que aconteceu? — indagou, preocupado e muito sério.

— E-eu não sei. Acordei com uma polução, eu acho. — Luke fechou os olhos, tentando respirar fundo. — Ela estava lá... sobre mim... — Engolindo seco, não conseguiu continuar.

— Tem certeza, Malik? — perguntou num tom mais alto.

— S-sim, senhor! Por Allah... que ilumina minh'alma!

Tariq desceu os degraus como um furacão para ir na direção do rapaz, que não tentou reagir, mas foi surpreendido pela reação de seu pai, impedindo-o de tocá-lo.

— Senta! — Foi o que disse Ibrahim.

— Senta? — O homem esbravejou. — Seu filho acabou de-

— Meu filho não fez nada!

— Por isso minha filha chora lá em cima?

— Eu não fiz nada com ela. — Luke se defendeu.

— Em nossas terras eu teria direito de matá-lo!

— Teria direito se provasse algo. — Ibrahim impediu o filho de falar. — Contenha-se e vamos resolver essa situação como adultos. Você ainda está na minha casa!

Respirando fundo, Luke seguiu até o telefone e tomou a iniciativa de ligar para a polícia. Foi breve ao dizer:

— Estou sendo acusado de algo que não fiz. Acabou de acontecer e preciso de ajuda na ocorrência.

A voz do jovem chegou a embargar pensando no quanto aquilo afetaria sua carreira, seus planos para estudar, todo seu currículo simplesmente manchado em poucos minutos.

Para Sempre LaylaOnde histórias criam vida. Descubra agora