— Hm... parece que temos problemas. — Roberto riu.
Com a incômoda reunião marcada para a segunda-feira, Amanda não dormiu tão bem da sexta-feira para o sábado. Acordou nitidamente mal-humorada e Roberto percebeu.
Ela sorriu amarelo e seguiu à mesa de café da manhã.
— Ah, pai! — A moça arfou. — Tive uma péssima noite!
— Tira o resto do dia para descansar... talvez um dia de salão de beleza ou spa melhore essa carinha — riu.
— Vou ficar em casa mesmo.
— Liga para o namorado! — brincou.
— Talvez eu ligue mesmo... não sei...
— Hm... namorados mesmo? — Levantou uma sobrancelha.
— Não tenho muita certeza, meu pai. Acho que não.
— Bom, tenho uma reunião com ele na segunda... e ainda não sei qual é o assunto. Cuidarei de perguntar pessoalmente.
— Ah, pai... jura? — A moça franziu o cenho.
— Claro, eu sou seu pai, lembra!? — riu.
— Sem perguntas embaraçadoras e essas coisas... por favor! Eu já sou presidente da empresa... não me faz voltar para a adolescência! — A moça o pediu. — Sabe que te amo, não é?
— Sei e eu também te amo. — Ele lhe sorriu. — Não serei tão embaraçador com ele. Não se preocupe. Nem sei qual será o assunto tratado. Infelizmente, ele não falou à secretária.
— Hm... pergunto e te falo — sorriu, piscando para ele.
Após a tranquila refeição, Amanda foi ao quarto. Tentou dormir, mas só revirou na cama por entre péssimos cochilos.
Deixou a ligação de Luke para a tarde, quando estaria com a voz melhor — esperando que ele não percebesse.
— Salaam aleikum, habibti... — Ele a atendeu.
— Boa tarde, Luke. Como está?
Ainda estava deitada na cama quando ligou.
— Eu me sinto bem... e você? Aconteceu algo?
— Nossa, Luke! Esperei metade do dia! — A moça o repreendeu, rindo. — Ao menos finge, sei lá.
— Não entendi — riu. — Nem gosto de fingimentos... mesmo que gostasse, seria difícil saber o que devo fingir.
— Deixa para lá. Enfim, como você está hoje?
— Bem, habibti... tem certeza que não quer minha ajuda?
Amanda silenciou. Não queria lidar com a reunião só, mas também não tinha vontade de, subitamente, se entender como alguém vulnerável ou tão frágil a ponto de pedir ajuda.
— Habibti?
— É que... o pai falou comigo sobre sua reunião com ele... e eu fiquei preocupada. — O orgulho venceu o embate.
— Hm... só isso? — riu. — Sim, liguei para marcar uma reunião... planejo falar de negócios e de nós dois.
— Nós dois!?
— Claro, habibti... casaremos, não é!? É muito importante que eu não negligencie o homem mais importante da sua vida!
Amanda acabou sorrindo de canto de boca. Acanhou-se, mas relaxou rápido ao lembrar estar sozinha no quarto.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Para Sempre Layla
RomanceHá muitos, existiram Qays e Layla. Apaixonados desde a infância, o amor de Qays por Layla era tão forte que ele se tornou conhecido como Majnum Layla, ou louco por Layla, em todo o deserto. Julgado pela sociedade, Qays precisou se afastar do pov...