Mais do que uma mera feira de empreendedorismo, a grande construção onde ocorrera o evento da tal ONG era toda voltada para as mulheres que a organização ajudava.
Luke nunca foi tão longe, resumindo sua participação ou contato meramente àquele momento, sempre preocupado em "invadir" o que era um óbvio lugar seguro das vítimas.
Amanda foi quem o tirou da zona de conforto, passeando com ele por todo o evento; onde puderam ver tudo que o local dispunha para as moças, desde um espaço às que conseguiram construir o próprio negócio para exibi-lo a um salão de beleza.
Ele ficou satisfeito com sua participação naquele dia. Ainda mais satisfeito quando Amanda aceitou se juntar e tomar a palavra para conversar com as moças novas.
Leila era o nome da tal prima. Era belíssima, parecia ter trinta anos e tinha muita energia, não parando de trabalhar em momento algum do dia.
Um palco maior era o espaço dedicado aos maiores colaboradores do evento, contudo poucos realmente aceitavam subir naquele lugar para serem prestigiados.
Luke prestigiou o discurso da prima, aplaudiu de pé — como sempre — e, ao fim, Leila se aproximou para abraçá-lo.
— Obrigada por vir de novo! — Ela o abraçou bem forte com um largo sorriso. — Soube que casou, meus parabéns!
— Sim, essa é Amanda, minha esposa.
Amanda a cumprimentou, muito acanhada. Felizmente, a moça lhe foi muito simpática, contornando sua timidez.
— As moças ficarão chateadas... — Leila brincou.
— Entendo. — Amanda riu. — Ele é tão doce que provavelmente conquistou alguns corações por aí... sei como é.
— Já está aprovada pelo bom humor! — Leila riu. — Seja bem-vinda à família. Precisando de qualquer coisa, eu estou onde a ONG está... não é tão difícil me achar.
— Obrigada... — Amanda lhe sorriu.
— É tarde, podemos ir ao hotel? — Luke indagou Amanda.
— Sim... logo, seu jejum quebra, não!?
Ele assentiu com a cabeça; cumprimentou sua familiar e eles voltaram ao hotel; ele lidou com suas preces antes e depois do pôr do sol para quebrar seu jejum.
— Já devo ter algo... — pensou alto após comerem.
Amanda franziu o cenho, olhando-o.
— Vou pedir um pouco de discrição ao começar a ler, entendeu!? — Luke pediu à moça. — Posso fazer uma breve introdução para entender tudo que sabemos até agora.
— Começo a ficar preocupada.
— Não sei da motivação de Farhad, mas tudo aponta sua culpa na acusação que enfrentei... Ele está associado a Isabel, aquela golpista da construção civil, e sua horda de políticos... ou uma horda de políticos e sua Isabel, não sei — deu de ombros.
— Que desgraçado! — A moça suspirou.
— Ele está no Irã e, no momento, é a causa de uma grande tribulação entre os Nazari... estão rachando, vamos lá falar com Muhammad e, se possível, colaborar para ele não cair.
— Entendo... as coisas aqui... essa tal golpista ainda deve estar por aqui, não!? — Franziu o cenho.
— É improvável que saia... e, convenhamos, alguém como ela não sobreviveria à convivência com um grupo tão conservador... se estiver lá, será mais digno salvá-la deles — riu.
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Para Sempre Layla
RomansaHá muitos, existiram Qays e Layla. Apaixonados desde a infância, o amor de Qays por Layla era tão forte que ele se tornou conhecido como Majnum Layla, ou louco por Layla, em todo o deserto. Julgado pela sociedade, Qays precisou se afastar do pov...