XLII. De Volta ao Trabalho

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 Amanda teve seu café da manhã, já pedindo para o pai atualizá-la sobre déficits no quadro de funcionários.

Eles voltaram ao evento da ONG para Amanda conhecer as moças e colher currículos. A maioria parou com sua faculdade, removidas; ou foram tiradas do colégio ao casarem bem novas.

Dentre elas, o perfil de mulheres, mães, que fugiram sem conseguir carregar seus filhos ou perderam os filhos na fuga não era uma exceção e foi complexo conhecer suas vidas.

Baseando-se só na comoção era impossível! Muitas histórias de vida... parecia pecado ignorar qualquer uma.

Contudo, Amanda conseguiu ser focada e não se decidiu de imediato sobre nada. Guardou as anotações e considerações sobre cada moça para ser técnica ao escolher entre elas.

Passearam pouco pela cidade, afinal, Luke não podia consumir nada e a moça se preocupava de ficar andando com ele pela rua enquanto ele estava em jejum absoluto.

O fato de ser um dia quente apenas agravava.

Voltando ao hotel, ficaram os dois na cama com seus papéis. Amanda já começou a ponderar o custo das moças, queria estender uma ajuda maior, mas sabia não poder.

Podia contratar bastante, desde a equipe de limpeza até estagiárias para os muitos setores. Considerando as que tiveram o ensino interrompido, retomar não seria difícil.

Uma parceria com uma faculdade qualquer já lhe seria mais que suficiente para reintroduzi-las à vida acadêmica lhes dando a garantia de reintrodução ao mercado de trabalho.

Gradualmente, a euforia do trabalho redespertou.

— É um sorriso lindo quando trabalha. — Luke a despertou de seus pensamentos. — Uma das partes mais bonitas em ti.

— Ai... estava distraída, Luke! — repreendeu.

— É linda, habibti. — Ele a beijou. — Linda!

Acanhada, ela voltou ao trabalho, rindo.

— Estaremos fora em seu aniversário, 'né!? — A noite já caía quando a moça lembrou. — Não vai... ficar com seus pais?

— Não preciso, habibti... por quê?

— Não sei... você é todo... fofo, sabe!? — riu.

— Não! — gargalhou. — O que alguém fofo faria?

— Sei lá... eu não sou fofa, Posso presumir que... alguém fofo... provavelmente gostaria de estar com a família...

— Estarei com minha família... casamos... e você estará lá.

— Viu!? Está sendo fofo de novo! — riu.

— Então... sou um fofo fora de controle — brincou.

— É mesmo! — Ela suspirou, pondo os papéis de lado. — Buscarei uma refeição para o fim do jejum, fofo em série!

Luke apenas assentiu com a cabeça.

Enquanto ligava para a recepção, Amanda já cuidava de guardar os papéis com as informações das moças e recebeu o serviço de quarto, deixando o rapaz ter seu momento.

Adaptou-se rápido ao hábito que ele tinha de observar o sol se pôr e sentou com ele na janela para observar o horizonte.

Não tinham uma visão tão clara, o ângulo da janela não ajudava, mas ele ainda gostava de observar a transição do dia para a noite, mesmo não apreciando tal maravilha do mundo.

— Provavelmente estaremos na minha casa no meu aniversário. — Luke lhe disse enquanto tinham sua refeição.

O sorriso em seu rosto pareceu saudoso.

Para Sempre LaylaOnde histórias criam vida. Descubra agora