XXXVIII. O Monstro do Nervosismo

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 Mesmo que não quisesse se insinuar, foi impossível para Amanda — meramente porque agora ela não seria obrigada a ouvir alguém pigarreando e causando o afastamento de Luke.

Ela pôde se aproximar para ajudá-lo a tirar a roupa. Com um sorriso de canto de boca, procurou um beijo do tímido e o guiou à banheira para enchê-la com água morna.

Luke não podia estar mais nervoso com a situação.

Já sabia que casar significaria ter maior intimidade, mas, tão acostumado a fugir de pensamentos similares, não conseguiu realmente se imaginar naquele momento.

Nada teria o preparado para aquilo!

A moça respirava bem devagar para conter o nervosismo. Desatou o único nó do vestido para deixá-lo cair.

— Perfeita, habibti...

O corpo da moça arrepiou com a fala, ciente de estar vivendo algo que ela muito fantasiou nos meses anteriores.

Amanda entrou na banheira, ajoelhando em sua frente.

— Amo esse olhar... Faz sentido nunca usar blusa por aí...

Ela acariciou o peito do rapaz, admirando o bem definido tórax. Luke não tinha o porte forte, mas os exercícios diários faziam um trabalho formidável em seu corpo.

Acanhado, ele nem conseguiu respondê-la.

O corpo, obviamente, já dera suas manifestações sobre o quanto a queria, redespertou o desejo que tanto suprimiu.

Mesmo querendo, tinha muitos nervosismos se passando em sua mente, comum em quaisquer mentes de quem se vê frente a decisiva possibilidade de perder a virgindade.

Amanda arfou, se aproximou para pegar as mãos do inexperiente e pousar em sua cintura, fitando seu olhar.

Ele apertou um pouco e chegou a estremecer.

Apesar de a inexperiência de Luke fazê-la rir, ela também riu de si quando percebeu que o próprio peito palpitava, como se estivesse na mesma situação que ele.

Ousada, tomou o primeiro beijo de Luke, fazendo-o arfar.

Foi ao seu colo e enlaçou os dedos nos finos fios do árabe.

Lasciva, podia sentir o beijo como uma carícia que se estendeu por todo seu corpo. Acabou se prolongando no beijo, mas pôde sentir o quanto o nervosismo afetava Luke.

Com ombros retraídos e sofrendo com uma significativa queda em seu fôlego, os movimentos do rapaz estavam inevitavelmente mais "quadrados", robóticos.

— Precisa relaxar... — A moça fitou seus olhos.

Não conseguia esconder o quanto estava afoita por aquilo.

Ehrr... complexo... eu acho. Estou relaxado! — afirmou, como se tentasse mandar o corpo ficar.

— Impossível... nem estou, Luke. — A moça suspirou.

— Se você que é mais experiente não está... — Ele franziu o cenho, confuso. — Imagina como estou me sentindo agora!

Subitamente, o clima de desejo foi quebrado e eles riram.

— Ai, eu te quero tanto. — A moça arfou.

— D-desculpa, eu acho! — riu.

— Ai, como você é charmoso! Não resisto...

A moça o beijou e eles continuaram rindo.

No lugar de um momento quente na banheira, tiveram apenas um momento cômico. Amanda deixou a banheira e foi à pequena adega no quarto para servir seu vinho.

Para Sempre LaylaOnde histórias criam vida. Descubra agora