Sonhos.
O que você faria para conquistar seus sonhos?
Consequências.
Alguma coisa ou alguém ficou para trás, ou talvez várias.
Conquista.
E se conseguisse, no fim, valeria a pena os sacrifícios?
Autoreconhecimento.
"É preciso reconhecer que parar um...
O clima frio de Bariloche era o que eu mais amava desse lugar. Ver a neve caindo tão divinamente trazendo aquela sensação gostosa de viver uma puta experiência me deixava feliz.
Eu, as meninas, as crianças, Tato e o marido de Marcella tínhamos chegado ao destino de Natal e Ano Novo há exatos dois dias. Decidimos vir o quanto antes para aproveitar o máximo possível da nossa estadia nesse lugar incrível. E estava sendo muito bom, obviamente.
As crianças estavam simplesmente adorando tudo e qualquer coisa daquele lugar. Ontem, por exemplo, levei os três e os filhotes para brincar na neve, foi uma cena linda de ver eles tão felizes. Até Skye, que não gosta de frio, se juntou na bagunça. No fim, não só eles, mas todos nós acabamos enterrados naquela imensidão branca.
Apesar do clima na cidade nessa época do ano ser uma transição entre inverno e verão, ainda havia neve nos pontos mais altos como nas montanhas. E nós estávamos próximas às elas, um pouco longe das vilas e centros comerciais, e era exatamente essa a ideia desde o princípio.
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A temperatura estava um pouco baixa, por isso o aquecedor estava ligado desde ontem. Minha namorada dormia suavemente nos meus braços, usando um conjunto de moletom combinando com o meu. A mineira tinha os braços possessivos na minha cintura e as pernas entrelaçadas nas minhas por baixo do grosso edredom. A posição favorita dela pra dormir comigo.
Senti seu corpo se remexer preguiçosamente, comecei a acariciar seu rosto com ternura, me perdendo em admirar seus detalhes maduros. O tempo fez muito bem pra essa mulher, eu era tão sortuda.
- Bom dia, amor...- Seu tom rouco e preguiçoso chamou minha atenção.
- Bom dia, minha vida.- Respondo baixo, vendo seus olhos ainda fechados.
Felizmente as cortinas estavam impedindo que a luz do sol invadisse a enorme janela de vidro do nosso quarto. Caso contrário, estaria nós duas reclamando pela sensibilidade nos olhos.
- Não quero sair daqui.- Diz manhosa, me apertando mais e escondendo o rosto no meu pescoço.- Tá tão bom ficar assim com ocê, não quero mais nada.
- Mas precisamos comer, meu amor.- Falo risonha, desenhando a linha da sua sobrancelha com meu dedo.
- Você e um copo de água é suficiente pra mim.- Retruca e foi impossível conter minha gargalhada.
- Você é tão pervertida, Rafaella Kalimann.- Acuso e finalmente ela me encara com os olhos brilhando em diversão.
- Não tenho culpa se minha namorada é maravilhosa.- Se defende, roçando o nariz na minha bochecha.
- Realmente você tem muita sorte.- Digo divertida, enquanto minhas mãos adentram sua blusa e sinto sua pele quente sob meus dedos.- Você tá tão quentinha, dá até preguiça de levantar.
