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Rafaella Kalimann POV

As festividades de Natal e Ano Novo foram incríveis como sempre. Nos reunimos com nossas famílias e amigos pra comemorar o fim de um ano tão cheio de emoções que nos rendeu muito aprendizado.

Eu que já estava com os hormônios aflorados, chorei muito ao relembrar a trajetória que percorri durante o ano que passou. E pensar que a um ano atrás eu não imaginava viver nada do que vivi, principalmente não imaginei estar realizando meu maior sonho. Eu estava muito feliz.

Eu e as meninas organizamos tudo das festas, desde a decoração até o buffet. Planejamos tudo com o maior cuidado para atender ao gosto de todos, querendo deixá-los confortáveis.

Felizmente tudo ocorreu super bem e a gente aproveitou bastante a energia familiar do momento. Ter minha família e meus sobrinhos por perto era tudo que eu precisava.

Janeiro se iniciou da melhor forma possível: todo mundo na praia, curtindo o dia de sol em Jericoacoara que foi o local escolhido pra gente comemorar o início de um novo ano. Aproveitei muito o lugar paradisíaco, explorando vários pontos lindos e relaxando na companhia dos meus familiares e amigos.

Assim os dias foram passando, minha gravidez desenvolvendo de forma positiva e a ansiedade cada vez maior. Eu me sentia enorme apesar de não aparentar, as dores nos pés e os inchaços também deram o ar da graça após o primeiro trimestre. Mas tudo isso era mínimo considerado a sensação indescritível de gerar uma vida, eu ainda não acreditava em tamanha honra.

E agora, com meus lindos cinco/quase seis meses de gestação, eu me sentia mais exausta que o normal. Desanimava rápido de qualquer ideia que envolvesse ficar horas em pé porque tudo doía depois, não tinha mais condições para isso. Minha namorada surtava como sempre, não queria me deixar fazer nada e isso rendia pequenas discussões.

Como agora que eu queria ir visitar a Queiroz, o Kleber e a pequena Eloísa, e a libanesa estava citando mil motivos pra eu não sair de casa.

– Você estava com dores hoje e não acho que seja uma boa ideia você sair.- Ela fala mais uma vez e eu apenas respiro fundo.

– S/n, eu só estava com dores nos pés, nada demais.- Rebate e ela abre a boca, mas eu impeço.- E se você me estressar, eu só volto amanhã.

A libanesa arregalou os olhos assustada e eu sorri satisfeita.

– Mas a gente viaja amanhã.- Resmunga mais calma.

– Exatamente.

Caminhei até o closet, pegando uma bolsa onde coloquei meus documentos, celular e cartão. Ao retornar ao quarto, encontrei a libanesa calçando um sapato.

– Vou com você.- Diz simples e eu dou risada, já esperando que ela surgisse com essa ideia.

Saímos do quarto, encontrando minhas primas na sala. Nossos pais novamente planejaram uma viagem juntos de motorhome, algo já a cara deles. O destino escolhido dessa vez foi Foz do Iguaçu, estendendo para o Paraguai e Argentina. Eles eram maluquinhos, mas eu os amava muito.

Hana e Bia estavam em Los Angeles, esperando por mim e pela minha namorada. S/n foi convidada para participar do programa do Jimmy Fallon e minha cunhada foi na frente pra começar a organizar essa participação e também a apresentação.

– Zeek, preciso que pare na orla próxima ao condomínio do casal.- S/n diz assim que entramos no SUV.

– Uai, por que?- Questiono confusa.

– Comprar água de coco. Hoje o Rio está extremamente quente e você precisa se hidratar e hidratar o nosso filho.- Ela responde enquanto colocava o cinto de segurança em mim.

Just Friends (Rafa Kalimann/You Intersexual)Onde histórias criam vida. Descubra agora