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Galerinha, quero deixar claro que a meta de 150 comentários servirá para TODOS os capítulos. Gostando ou não disso, é dedicação e tempo que eu e a Laura precisamos ter pra escrever, então o mínimo que a gente quer de vocês é interação e feedback. O básico, pow.

Se rolar de não ter os tais coments, eu vou postar uma vez por semana. E o cap do esperado beijo muito perto pra vocês correrem esse risco, acham não?

Enfim, espero que a gente possa manter uma reciprocidade por aqui.

S/n Al-Makki S/s POV

Meu corpo tremia e cada célula do meu corpo parecia estar entrando em combustão ao mesmo tempo, a cada segundo que se passava ficava cada vez mais difícil de respirar. Dava para sentir as gotículas de suor escorrendo por toda minha pele, eu estava queimando…

As vozes na minha cabeça não davam trégua, jogando frases que, por mais que eu soubesse que não era real, minha mente parecia empenhada em se auto sabotar. Todas as lembranças boas que tive nessa ilha vinham à tona, eu conseguia me ouvir rindo e correndo com as meninas… enquanto as lembranças me bombardeavam, a mesma frase se repetia como um disco arranhado:

"S/n, você estragou tudo… você sempre estraga tudo que toca!"

Me levantei rapidamente e passei a vasculhar meu quarto em busca da única coisa que vinha em minha mente que seria capaz de me trazer uma fuga de mim mesma.

— Merda! Onde eu coloquei meu cigarro? – Praguejei, enquanto eu tremia como um viciado em drogas.

Parei no meio do meu quarto, me recordando que eu estava tentando parar de fumar e desde que fui para Goiânia eu havia me livrado de todo e qualquer estoque de cigarro que eu ainda possuía.

— Droga… droga… droga… – Choraminguei puxando meus cabelos com certa violência.

"Não fique sozinha… peça ajuda… antes que seja tarde demais." O último pingo de consciência e de auto preservação sussurrou em minha mente.

Abri a porta do meu quarto e vaguei meus olhos pelo corredor extenso do andar de cima e comecei a pensar em quem pedir ajuda, parei na porta do quarto de Hana, mas paralisei quando lembrei que ela não estava sozinha.

Sem muito controle do meu corpo, me vi batendo na porta da única pessoa que eu poderia pedir ajuda a essa hora, levando em consideração de que meus pais estavam em Paraty com os outros mais velhos, aproveitando um tempo entre eles.

Comecei a chorar baixinho me sentindo radioativa e inútil por estar batendo na porta dela em plena madrugada. Mas principalmente por estar colocando ela no meio da merda em que me encontro, não me parecia justo… voltar anos depois e contaminá-la com os resquícios das minhas escolhas.

— S/n! – Rafa ainda sonolenta me olhou preocupada.

— Desculpa, mas eu não estou conseguindo me controlar sozinha… eu… eu não quero fazer nenhuma besteira. – Abaixei minha cabeça me sentindo envergonhada.

A mineira nada disse, apenas segurou minha mão e me levou para dentro do seu quarto. Ao contrário do que imaginei, ela me levou para o banheiro, me ajudou a ficar somente de roupas íntimas e em seguida fez o mesmo.

Ela ligou o chuveiro na temperatura morna e entramos juntas, deixei a água molhar meu corpo e Rafa ajeitou os meus cabelos úmidos jogando-os para trás.

Just Friends (Rafa Kalimann/You Intersexual)Onde histórias criam vida. Descubra agora