Just Friends (Rafa Kalimann/You Intersexual)

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Não esqueçam da meta, galera.

S/n Al-Makki S/s POV

Enquanto Ben sugava a mamadeira com voracidade, eu o observava com um sorriso no rosto. Era incrível como aquele pequeno ser conseguia preencher completamente o meu coração. Seus olhinhos ainda tão claros me encaravam com curiosidade, como se quisessem gravar cada detalhe do meu rosto.

Enquanto ele mamava, eu cantarolava baixinho uma cantiga de ninar em árabe, uma tradição que meu pai costumava fazer quando eu e Hana éramos criança. As palavras fluíam suavemente, embalando meu filho em um estado de calma e tranquilidade, como se ele entendesse toda a paz que aquela melodia trazia.

Enquanto o sol estava mais fraco, eu me sentia completa. Ter Ben em meus braços, o som da cantiga de ninar e a brisa suave da tarde eram tudo o que eu precisava naquele momento. Ele terminou a mamadeira e o fiz arrotar, eu o aconcheguei em meus braços, sentindo o peso de sua sonolência.

A tarde parecia mais tranquila, e eu sabia que estava fazendo um bom trabalho como mãe. Eu me sentia grata por cada momento ao lado de Ben, e sabia que não existiria nada mais importante do que vê-lo crescer e se tornar um homem de bem.

Com um beijo suave na testa, eu o levei para dentro, preparando-o para a cama. Era hora dele dormir mais um pouco, enquanto Rafa ainda está passando o dia em um SPA com as outras mulheres da nossa família. 

Após acomodar cuidadosamente meu filho no meio da cama, garantindo que estivesse seguro e confortável, liguei a babá eletrônica para poder monitorar cada suspiro e riso enquanto eu aproveitava um breve momento de tranquilidade. Ao descer, encontrei meu pai imerso em palavras cruzadas, sua expressão concentrada enquanto saboreava uma xícara de chá.

Servi-me de um pouco da fragrante infusão, sentindo o calor reconfortante nas mãos. Silenciosamente, me acomodei ao lado do meu pai, compartilhando o conforto de sua presença. Sem a necessidade de palavras, apreciamos a companhia mútua, enquanto as palavras cruzadas se desdobravam diante de nós.

O silêncio era agradável, permeado apenas pelo sutil crepitar da lenha na lareira e o ocasional som de chá sendo sorvido. Enquanto as letras se encaixavam nas palavras cruzadas, senti um elo especial se formar entre nós, transcendendo qualquer necessidade de diálogo. A calma da tarde e o aroma do chá criavam um ambiente sereno, onde as preocupações cotidianas se dissipavam.

Nossos olhares se encontravam de tempos em tempos, comunicando mais do que palavras poderiam expressar. Era um momento simples, mas repleto de significado, uma pausa suave no ritmo acelerado da vida. Juntos, meu pai e eu, encontramos conforto na simplicidade do silêncio compartilhado e na conexão que transcende as palavras.

Ao som do chorinho de Benjamin, levantei-me com suavidade, deixando as palavras cruzadas inacabadas ao lado do meu pai. Subi as escadas com a agilidade de quem conhece cada canto da casa, guiada pelo choro do meu pequeno. Ao entrar no quarto, percebi que o motivo era simples, uma fralda cheia de xixi.

Com paciência e destreza, peguei meu filho nos braços, acalmando seus prantos enquanto trocava a fralda. Cada movimento era feito com carinho, e os olhinhos de Ben encontravam os meus com uma confiança silenciosa. Após a troca bem-sucedida, o silêncio reconfortante voltou ao quarto, agora ocupado apenas pelo suave murmúrio de uma canção de ninar que eu cantarolava baixinho.

Desci as escadas com Ben em meus braços, decidida a não interromper o momento especial que eu e meu pai estávamos compartilhando. Dirigi-me a ate a sala, onde a luz suave do sol criava um ambiente acolhedor. Acomodei-me em minha cadeira, mantendo Benjamin acomodado em seu bebê conforto próximo enquanto ele explorava o mundo ao seu redor com olhinhos curiosos.