Peço desculpas por não ter postado cap na segunda, ainda estou com alguns problemas e isso tá afetando minha escrita.
Rafaella Kalimann POV
Minha perna se mexia freneticamente, batendo meu pé no tapete do carro. Além disso, minhas mãos suavam e eu sentia meu corpo em frenesi total. Minha ansiedade e nervosismo estavam atacando na velocidade da luz.
Eu, S/a, Flavina, minha mãe e a minha sogra estávamos a caminho do hospital onde farei todo meu tratamento. Hoje era o primeiro dia nessa nova fase da minha vida e eu estava em surto completo. Não consegui nem dormir direito ontem a noite.
Meu sogro e meu padrasto ficaram na mansão, alegando que iriam preparar um almoço delicioso pra nós.
– Amor, você está suando frio.- S/a chama minha atenção, apertando os dedos nos meus e me encarando preocupada.
– Tô nervosa, amor.- Confesso num sussurro medroso, ouvindo seu suspiro.
– É compreensível, vida. Mas tenta pensar positivo, esse tratamento tem tudo pra dar certo, porque seu caso é o menos grave possível.- Ela fala carinhosa, acariciando meu rosto e me permitindo sentir seu amor através dos seus olhos.- Vamos passar por isso juntas, vou estar ao seu lado sempre.
– Obrigada.- Digo um pouco emotiva.- Desculpa, hoje tá sendo um dia turbulento pra minha mente.
– Tudo bem. Não se cobre.- Diz me puxando para os seus braços, beijando minha cabeça.- Quando chegarmos em casa você conversa com a sua psicóloga. Agora fecha os olhinhos e faça sua oração.
Eu sorri apaixonada por sua atenção até com meu mundo espiritual. Fiz o que ela pediu, iniciando minha prece em silêncio, manifestando e pedindo por bênçãos e energias positivas.
Feito isso, deixei um beijo no seu pescoço e trocamos sorrisos sinceros de amor. O resto do caminho a libanesa foi conversando comigo sobre as suas participações no VMA e era possível ver o quanto ela tinha um carinho por aquele evento. Minha namorada estava bastante animada pela premiação desse ano, tudo isso devido às suas dez indicações e possivelmente uma performance. Esse último ainda seria discutido com a equipe dela e do VMA.
Chegamos ao hospital, S/a me ajudou a sair do carro e entrelaçou nossos dedos. As outras três chegaram logo em seguida com Well na outra SUV. Assim, caminhamos para a entrada privativa do local. Minha namorada usou todo seu poder e fama pra manter o nosso atendimento o mais sigiloso possível. Eu ainda não tinha contado aos meus fãs sobre a minha saúde e não queria fazer isso sem estar preparada, e eu ainda não estava.
Uma das enfermeiras nos esperava e logo nos guiou por corredores até uma sala. Nela estava a doutora Kelce, ela quem faria todo o acompanhamento e supervisão do meu tratamento. Nós cumprimentamos a mulher gentil e nos acomodamos nas poltronas dali.
– Como se sente, Rafa?- Questiona atenciosa e me encarando.
– Bem nervosa.- Respondo sorrindo aflita.
– Tudo bem, é normal se sentir assim. Mas não precisa se preocupar.- Diz tranquila, pegando alguns papéis.- Eu estudei seus exames e todo seu caso, tracei a melhor forma de proceder com seu tratamento e estou bem confiante de que tudo dará certo.
– Que assim seja, doutora.- Digo suspirando mais calma.
– Pode explicar novamente como será o tratamento, por favor?- Minha namorada pede educadamente, ainda segurando a minha mão.
– Claro.- Kelce diz sorrindo e mostrando uma imagem ilustrativa de um útero no papel.- É parcialmente assim que está a endometriose da Rafa, com um pouco mais de tecido fora do útero. Seu diagnóstico precoce é algo muito positivo para o tratamento, pois inicialmente não cogitamos uma cirurgia. Pode ficar tranquila quanto a isso.- Ela fala e eu solto um suspiro de alívio que nem sabia estar prendendo.- Como eu disse a vocês, e com ajuda de mais duas ginecologistas do hospital, concluímos que o melhor tratamento pra você, Rafa, é a aplicação de um anti-hormonal.
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Just Friends (Rafa Kalimann/You Intersexual)
FanfictionSonhos. O que você faria para conquistar seus sonhos? Consequências. Alguma coisa ou alguém ficou para trás, ou talvez várias. Conquista. E se conseguisse, no fim, valeria a pena os sacrifícios? Autoreconhecimento. "É preciso reconhecer que parar um...