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Perdão pelo sumiço, imprevistos aconteceram.

Rafaella Kalimann POV

Estava deitada na espreguiçadeira lendo um livro de poemas do Castro Alves enquanto minha namorada estava distraída na ligação com a minha sogra. Decidimos aproveitar o sol lindo que fazia e viemos para a piscina do hotel.

A S/a só veio me acompanhar, já que não pretendia entrar na água. Alegou querer apenas "marcar território", o que me fez gargalhar debochadamente.

– A Rafa tá se queimando no sol como sempre…- Ouço ela falar, me fazendo gargalhar disso.- Tá bom, mãe… estamos nos cuidando, relaxa. Ok, ok… Ok, mulher!

Continuei rindo disso, vendo a libanesa com o cenho franzido em tédio. Após mandar um beijo pra minha sogra, elas encerraram a ligação.

– Que foi que ocê tá com esse bico?- Pergunto risonha, sentando na cadeira ao seu lado.

– A mãe me zoando.- Resmunga erguendo o óculos para o topo da sua cabeça.

– Que foi?- Questiono curiosa, arrumando seus fios soltos na lateral do seu rosto.

– Ela disse pra eu não forçar meu joelho com atos de amor intenso.- Responde me encarando e foi impossível conter a minha gargalhada alta.- Não rir, amor. Ela fala como se eu tivesse inutilizável.

– Mas você está, uai.- Retruco e ela me olha incrédula.

– Não estou não.- Resmunga.- Doente está o joelho, não o pau.

– É, mas se você forçar, não vai ser só um joelho podre que você vai ter.- Rebato arqueando a sobrancelha.

– Independente, amor.- Retruca me encarando.- Eu tenho uma namorada extremamente gostosa e estamos nesse lugar incrível, cê acha que não vou aproveitar isso?

– Como é safada…- Alfineto semicerrando os olhos e ela sorri de canto, aproximando o rosto do meu.

– Só por você.- Sussurra distribuindo beijos por meu pescoço.

– Não, não começa com seus joguinhos em público não, trem- Falo quase sem voz, tentando não amolecer com seus beijos na minha pele.

– Não estou fazendo nada além de dar carinho para a minha mulher.- Justifica agora pondo a mão na minha coxa, me fazendo suspirar e arrepiar violentamente.

– Amor…- Quase gemi e senti seu sorriso vitorioso na minha pele.

Puxei os fios da sua nuca e nos encaramos com um tesão absurdo. Sua pupila estava dilatada e eu sabia que a minha estava da mesma forma. Minha namorada sorriu ao notar meu estado. Sua mão subiu para a minha cintura e logo senti seus lábios pressionando os meus num beijo gostoso.

– Odeio quando ocê faz isso.- Murmuro contra seus lábios.

– O que?- Questiona risonha.

– Me provocar e não fazer nada.- Respondo sorrindo maliciosa.

– Vamos pro quarto… agora.- Diz séria, já se inclinando pra levantar, mas impedi.

– Não, eu vou me bronzear ainda.- Digo sorrindo inocente.

Beijei sua boca antes dela reclamar mais algo e me pus de pé, ajustando o biquíni no meu corpo, sentindo seu olhar queimando a minha bunda. Roubei seu óculos de sol e voltei para a espreguiçadeira, deixando a emburradinha na mesa, comendo o camarão em crosta de coco que pedimos.

A garçonete que nos atendeu quando chegamos, retornou com o drink sem álcool que pedi, entregando a bebida Berry Collins e os pastéis de trufas e queijo fontina para a libanesa.

Just Friends (Rafa Kalimann/You Intersexual)Onde histórias criam vida. Descubra agora