73

2.2K 305 178
                                    

Lembrando que o próximo bônus será postado se o último tiver batido a meta. Então voltem e comentem, porque até eu quero essa segunda parte.

E não esqueçam de comentar nesse cap aqui também, hein.

Rafaella Kalimann POV

Minha namorada hoje estava em um daqueles terríveis dias onde a dor lhe consumia por inteiro. O joelho estava ainda mais inchado e sensível, deixando-a num sofrimento intenso.

Eu já havia lhe dado seu remédio pra dor, mas aparentemente não estava funcionando bem. Isso estava me deixando aflita, não era uma situação incomum desde a sua cirurgia, mas eu sempre ficava em pura aflição por vê-la sofrendo sem poder ajudar muito.

Enquanto Hana estava com ela no quarto, eu fui à cozinha preparar uma salada de frutas para minha namorada comer. Ela não almoçou nada, mesmo eu insistindo muito, mas a dor era intensa suficiente pra lhe fazer desistir de comer. Ainda bem que minha cunhada chegou ontem e estava me ajudando com a cabeça dura da irmã.

– Como ela está, Rafa?- Meu sogro indaga com pesar.

– Na mesma.- Respondo suspirando triste.- Não sei nem o que fazer mais.

– É difícil, mas só de você estar apoiando é importante demais.- Ela diz acariciando minhas costas e beijando minha têmpora.- Te amo muito, minha menina.

– Amo você, tio.- Respondo sorrindo levemente.

Ele saiu da cozinha e eu continuei cortando as frutas por um tempo. Após pôr iogurte, misturei tudo e quando estava saindo, vejo Tato surgindo.

– Eu e Marcella pegamos pra S/a.- Ele pronuncia pegando um coco na geladeira.- Vou abrir pra você levar.

– Obrigada, Tato.

– De nada, cabeção.- Diz provocativo, me fazendo revirar os olhos.

Meu irmão fez um furo na fruta, pondo um canudo de alumínio, me entregando em seguida. Fui para o quarto e encontrei as duas conversando.

– Trouxe salada de frutas pra você e nem adianta negar, você não come nada há horas.- Eu falo num tom sério, me aproximando da libanesa.

– Vai ser difícil me mexer.- Diz suspirando e encarando a perna.

– Não vai, é só inclinar o tronco pra eu pôr travesseiros atrás de você.- Explico sem lhe dar abertura pra negar.

– Ih, mineira braba por aqui.- Hana diz divertida.- Tá é certa. Bota moral, Rafinha!

– Cala a boca, palhacinha.- S/a resmunga.

– Vou te deixar com sua enfermeira particular, mas nada de brincadeirinhas, hein. Você está de greve.- Hana alfineta e foi impossível não cair na risada com isso.

– Sai daqui, idiota.- S/a resmunga contendo sua risada.

Minha cunhada se retirou e eu fui ajudar minha namorada a ficar sentada na cama, colocando travesseiros nas suas costas. Ela soltava murmúrios de dor, mas logo a deixei confortável na cama.

– Obrigada.- Ela murmura começando a comer calmamente.

– Não quero ver um resquício sobrando.- Digo ameaçadora e ela assente rapidamente.- Com muita dor ainda?

– Sim.- Responde num suspiro.- Sinto que não vou levantar daqui hoje.

– Não foi ao banheiro nem fazer xixi?- Indago surpresa.

Just Friends (Rafa Kalimann/You Intersexual)Onde histórias criam vida. Descubra agora