Uma Linda Mulher 2 |Xamã|

Capítulo 137💗

voltei hein! não esqueçam de votar , ajuda demais!!! boa leitura sz

Depois de três dias internadas, hoje enfim tivemos alta. Jason fez questão de estar lá, Daniel me esperou em casa, e apesar das dores pela cirurgia, eu estava feliz por tudo ter dado certo.
Voltei com minha mãe, Jason e Lucas pra casa, Lyz é bem tranquila, veio dormindo o caminho inteiro.
Entrei com cuidado em casa, e os primeiros meses iríamos ficar no andar de baixo pra eu não ter que fazer esforço subindo e descendo escada. Jason pegou minha bolsa e deixou no quarto.
Lyz acordou uns minutos depois e fui dar de mamar pra ela.

-Psiu. Ouço o índio entrando no quarto.

-Oi.- Respondo. -Pega uma fralda pra mim, por favor. -Peço a ele.

-Aqui. -Me entregou e sentou na beira, de frente pra poltrona em que eu estava sentada. -Eu vou ter que dar um pulo em São Paulo, mas depois de amanhã tô voltando. Tenho que resolver umas coisas lá, fazer umas fotos e a Maria não pôde desmarcar porque já tava marcada há um tempo. -Assenti.

-Tudo bem, eu te entendo. -Respondi.

-Mas se precisar de alguma coisa é só falar, vai se comunicando comigo pra eu saber se vocês tão bem. Ainda tá sentindo alguma dor? -Quase me derreto com toda essa preocupação, mas o lado racional do meu cérebro apontou que é o mínimo que ele tem que fazer como pai.

-Um pouco, mas não incomoda tanto. Já diminuíram bastante. -Ele assente e chega mais perto pra fazer cafuné em Lyz.

-Papai vai viajar, mas logo logo ele tá voltando, tá bom, princesa linda? -Deixou um cheiro na pequena mao da nossa filha, que tava quase dormindo de novo.

-Quando você voltar, não esquece de fazer o teste, e usa máscara sempre. -Avisei e ele bateu continência.

-Sim senhora. Minha mãe disse que assim que puder ela vem visitar vocês. -Sorri ao lembrar de dona Sônia. Ela sempre me mandava mensagem perguntando como eu tava.

-Manda um beijo pra ela, assim que essa pandemia passar um pouco mais a gente vai lá também. Não é, meu amor?-Fiz voz de neném na última frase, passei o dedo no nariz da criança mais linda desse mundo.

Conversamos mais alguns minutos e ele foi embora. Daniel também precisava voltar pra Santos, mas iria ficar uns dois dias ainda comigo.
Sobre ele, eu ainda não sei bem o que quero. Talvez sejam os hormônios que estão me deixando tão emotiva e balançada com cada coisa que Jason faz. Tenho tentado colocar na cabeça que ele quer ser um pai presente, mas ainda me sinto muito magoada por tudo que aconteceu, pela forma que aconteceu. Não conseguiria superar se ele me decepcionasse de novo e não me colocasse como prioridade em sua vida, porque eu fiz isso. Talvez eu tenha errado ao fazer isso, se fosse um pouco mais pé no chão eu não me precipitaria tanto. Coloco Lyz pra arrotar e ela já não está mais dormindo, aproveito e chamo minha mãe pra me ajudar a dar banho.
Deixamos a água morna pra tentar fazer ela não chorar tanto, mas toda vez que entrava no banho era um berreiro. Já tô tentando me acostumar com isso.
Depois de arrumá-la, fui jantar e já não aguentava mais comer coisas leves, eu implorava por um churrasco, uma feijoada.

A semana foi bem tranquila, Jason chegou de viagem e passou a tarde com a gente.
-Se tu quiser eu posso passar a noite aqui. Tô sabendo que ela às vezes sente cólica de madrugada. Só pra você não se cansar tanto.
Eu não sabia o que responder, porque mesmo com minha mãe, eu estava cansada, não dormia direito há uns dias.

-Minha mãe tá me ajudando, tem a babá também que tá sempre por aqui. -Respondi. Eu não sei o que poderia acontecer se ele tivesse a noite toda aqui, perto de mim.

-Tua mãe tá cansada também, po. Eu sei que tu não tá dormindo direito. Deixa eu ficar. -Me olhou com a cara de cachorro quando quer alguma coisa.

-Tá bom, mas você fica na poltrona. -Ele assentiu sorrindo enquanto fazia carinho em Ameixa. Nossa cadelinha tinha chegado do petshop há pouco e estava o tempo todo por ali, sempre prestando muita atenção na nova moradora da casa.

-E onde mais eu poderia ficar? -Perguntou com a sobrancelha arqueada.

-Se você não quiser, tem o sofá da sala. -Brinquei e ele sorriu balançando a cabeça negativamente.

-Quer assistir um filme? -Propôs, meu coração acelerou.

-Eu tô cansada, vou aproveitar que ela dormiu pra dormir também. -Ele assentiu e eu me embrulhei. Desliguei a lâmpada e deixei o abaju ligado.

-Dorme, se ela acordar eu levanto. -Assenti.

-A gente reveza.-Respondi e foi a vez dele concordar.

Eram 22h quando vi a última vez o celular, acordei 01:23 com Lyz chorando, estava no colo do pai, que tentava acalmá-la.

-Acho que ela tá com fome. -Peguei um travesseiro, coloquei entre as pernas e estiquei o braço pra pegar a pequena chorona. Errei muito quando disse que ela era calma.

-Pronto, meu amor. Mamãe tá aqui, pronto. -Falei bem baixinho. Lyz sugou com tanta força, que foi impossível não soltar um grunhido de dor.
A amamentação estava sendo difícil, era sempre muito doloroso, embora tente pensar sempre na minha filha. Por um momento meus olhos encheram d'água, percebi que Jason me encarava atento.

-Tá doendo muito? -Ele perguntou e eu assenti fechando os olhos. Veio pra perto, sentou do meu lado e passou um braço pelos meus ombros, fazendo carinho com o polegar numa parte do meu braço. Isso me fez desbloquear muitas memórias que estavam adormecidas; lembrei demais do quanto a gente falava no futuro e nunca imaginei que seria assim. Não me arrependo de nada, tô muito feliz por ter minha filha aqui, e a ele serei sempre grata por isso.

notas:
ela tá mt reflexiva meudeus não aguento