O que ele quer conosco?

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A vontade de voltar para os braços do Lúcius estava ficando forte demais, mais forte do que quando eu bebi o sangue, ele está dando tudo de si para conseguir com que eu volte, estou sentada com a cabeça baixa e suando frio.

– Me-Meu Lúcius... Preciso voltar... Ele está me chamando...

– Karol, você precisa se controlar, precisa ser forte, você não quer voltar. – Maria Elena falava comigo enquanto segurava meus braços.

– Que-Quero sim! – Eu o sentia, as lembranças daquela manhã estavam vindo como se eu ainda estivesse lá.

– Karol, por favor! Você é forte! – Eu me levantei e olhei pra ela, uma tristeza tomou conta de mim, comecei a chorar.

– Por quê? Por que ele está fazendo isso comigo? O que ele quer de mim? – Essa tristeza não era minha, eu já passei por coisas piores e nunca desmoronei em lágrimas dessa forma, isso era emoção dele.

– Não chora, controle-se, você é mais forte que isso. – Senti uma raiva crescer de repente.

– Fique longe de mim! – Elena se afastou acuada, eu percebi o que fiz, ele queria ela distante pra que não tentasse me persuadir. Ela foi pra perto da Kamilla e a abraçou, eu dei uns passos em direção à alcateia, até que ouvi uns passos de onde aquele vampiro veio, ele estava aproveitando a oportunidade do meu descontrole e iria atacar a Elena.

Minha raiva aumentou e em questão de segundos, me virei na direção daquele homem, corri, no meu terceiro passo saltei para dentro da floresta, agarrei seu pescoço e o imprensei em uma árvore.

– FIQUE LONGE DELA! SE VOCÊ MATÁ-LA EU O CAÇAREI ATÉ NO INFERNO E ARRANCAREI SUA CABEÇA! – Cada palavra minha saia com uma voz grotesca, eu estava quase me transformando. Ainda rosnando pra ele, o macho segurou meu pulso suavemente e em um passe de mágica minha raiva se dissipou. Era tudo emoção do Lúcius, eu não estava com raiva de verdade.

– Melhor agora? – Ele perguntou com minha mão ainda em sua garganta.

– Como? – Franzi a sobrancelha e recuei meu braço.

– Sou um vampiro, o primeiro vampiro. – Ele era um vampiro, um morto-vivo, poderia sentir emoções ou não.

– Eu disse que você precisaria de mim. – Ele falou abrindo um sorriso.

– O que você quer? – Perguntei.

– Já disse, quero me juntar a vocês. – O sorriso do vampiro se alargou mostrando seus dentes brancos e afiados.

– Para quê?

– Eu estou entediado de ficar sozinho. – Falou olhando para as unhas como forma de distração.

– Você acha que sou idiota o suficiente em acreditar no que você diz? Você não está aqui apenas para conversar.

– Karol? – Maria Elena tenta se aproximar para saber o que está acontecendo.

– Mantenha distância, Elena. – Falei com um tom de alerta. O vampiro suspirou.

– Na verdade, lobinha, eu estava procurando algo, mas já encontrei, então agora só quero passar o tempo para depois ir embora.

– Não me chama de lobinha. – Ele levantou os braços em forma de rendição.

– Então, posso me juntar a vocês ou não? – Perguntou abrindo um sorriso. Fiquei encarando ele, não estou gostando desse tom tranquilo desse vampiro que parece ser completamente diferente das histórias do livro, mas isso pode ser apenas uma farsa.

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