Você já fez amor no lago?

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Caminhei apressadamente entre as pessoas e olhando para os lados, tentando evitar ao máximo dar de cara com o Alec que a essa hora, já sabia quem eu era. Quase correndo feito uma fugitiva, finalmente entrei em casa com a caixa nas mãos. Dei um suspiro de alívio, guardei minha roupa e a espada, depois peguei um baú que tinha dez vinhos dentro e saí novamente em direção à casa de uma pessoa que considero meu amigo, Augusto.

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- Finalmente, você trouxe meus vinhos, pensei que não fosse me dá nunca. - Ele disse emburrado com se eu tivesse prometido alguma coisa. Entramos na sua casa e nos sentamos na sala para conversar, enquanto Augusto abria seu baú todo feliz.

- Olha, vou te dizer, eu devolveria todos esses vinhos só para estar presente quando você os pegou. - Riu. - Minha criança, nunca duvidei de você, mas dessa vez me impressionou, humilhar o sanguinário Lúcius Calmon não é para qualquer um. - Riu novamente. - Até o Lucas ficou com dó dele.

Franzi o cenho.

- Não vim aqui falar do Lúcius. - Falei séria.

- Veio aqui pedir conselhos para esse velho?

Tamborilei os dedos no acento, o encarando.

- Me dê os outros baús que torno seu conselheiro pessoal.

- Você vai acabar virando alcóolatra.

- Você sabe lidar com alcóolatras, só não vá quebrar uma garrafa em mim. - Deu outra gargalhada.

- Está de bom humor hoje.

- Claro que sim! Sempre quis provar um vinho da Tribo Calmon e por sorte ganhei dez vinhos da adega do Alfa. São os melhores! - O homem falava em êxtase. Revirei os olhos.

- Tudo bem, tudo bem. Vamos conversar. - Finalmente voltou ao normal.

- Você sabe o motivo do meu tio ter que morar na cabana comigo não sabe? Ele te contou.

- Sim. - Falou sério.

- Então sabe sobre a profecia.

Ele confirmou com a cabeça.

- Eu nunca te disse nada porque não te conhecia, queria saber se era digna.

- Qual foi a conclusão que chegou?

- Alec é um bom Alfa, no entanto, se continuarmos com as tribos separadas, nossa raça nunca voltará a ser tão poderosa e populosa como já foi um dia e só quem pode fazer diferença é você.

- Você concorda então, era o que eu pensava. Mas você sabe que tudo vai mudar incluindo as regras, e que não sei bem como as pessoas irão reagir, provavelmente não será nada agradável.

- Novo líder, novas regras. - Ele falou aceitando. - Qual a sua aflição?

Suspirei.

- Alec. - Ele riu.

- Calma, minha criança, Alec é um menino bom, converse com ele, diga o que sente e a importância de ter que assumir tudo, ele vai te entender.

- Você tem certeza que uma simples conversa poderá persuadi-lo? Estamos falando de uma geração inteira de Alfas que lutaram muito para conquistarem o que têm hoje. Alec não vai abrir mão do seu patrimônio facilmente.

- É como você disse, eles viveram lutando, mas agora perderam a posição e nos nossos costumes, quando alguém da nobreza é desafiado em uma luta corporal e perde, ele é obrigado a entregar seu título para o vencedor.

- Mas eu não o desafiei. - Disse com as sobrancelhas franzidas.

- Ele me contou da luta que tiveram no dia em que se encontraram na cabana. Você lutou contra ele e venceu. Alec conhece as regras e as respeita.

A Suprema AlfaOnde histórias criam vida. Descubra agora