A Vingança da Arlete

444 31 5
                                    

Alec matava os lobisomens com facilidade, sua espada cor prata na mão já havia se tornado vermelha, ele matou o cavalo do general que caiu no chão e ambos começaram a lutar, mas a diferença de força e golpes entre eles era muita, Alec parecia ser imbatível, ninguém conseguiria pará-lo.

– Está na hora. – Lúcius falou atrás de mim. Virei-me e tinha dois cavalos que Natanael nos trouxe, um completamente preto e o outro todo branco. Coloquei minha espada nas costas e subi em cima do cavalo preto, minha capa cor preta por fora cobriu a traseira do cavalo, Lúcius subiu no seu cavalo branco e a capa dourada dele também cobriu seu cavalo.

Ele pegou seu capacete para colocar na cabeça. Olhei as rédeas e vi que apertava com força.

– Lúcius... – O chamei. Ele fixou os olhos em mim e estendeu a mão, a segurei.

– Lembre-se de onde vem sua força, Karolina. – Dei um aceno e ele soltou minha mão, colocou o capacete que cobria seu rosto, deixando somente os olhos dourados à vista, olhou uma última vez para mim, bateu os pés no cavalo e foi embora acompanhado dos soldados em suas formas animalescas.

...........................................................

Correndo em cima do cavalo, passando entre as árvores, vi os arqueiros tentando atirar suas flechas contra os vampiros que os mordiam, lobisomens arrancando as cabeças dos soldados humanos, outros tentando se defender com suas espadas. Natanael sujo de sangue, com um coração na mão, tinha um sorriso macabro no rosto enquanto avançava na direção dos que tentavam fugir. Desviei de uma flecha que atiraram em mim, um humano tentou matar meu cavalo com a lâmina, mas bloqueei o ataque com minha espada, mesmo assim, eu não parava, continuava correndo em alta velocidade, segurando as rédeas do meu cavalo preto e um grupo de lobisomens me acompanhava.

Passei no campo de batalha por trás, a grama verde já estava manchada pela cor forte do vermelho e pude ver o Alec todo ensanguentado, mas esse sangue não era dele, seus olhos brilhavam em um verde intenso enquanto matava lobisomens em cima de uma pilha de mortos. Em fração de segundos, ele olhou para mim antes que eu pudesse continuar meu percurso e ele voltar a lutar. Continuei subindo o morro até chegar à lateral do topo da outra colina e vi a armada do rei junto de alguns lobisomens, logo atrás, estava o rei João I, Tatiana e Arlete.

Lúcius surgiu do outro lado com seus lobisomens e os cercamos.

Começamos a correr na direção deles, e mesmo com o meu cavalo a toda velocidade, me apoiei nas suas costas, ficando em pé, com a espada na mão, pulei alto em cima dos guerreiros e comecei a lutar.

Eu aplicava golpes, girava, pulava, enfiava a lâmina nos lobisomens inimigos, nos humanos que me atacavam, respingos de sangue caíam no meu rosto, corpo e cabelo, durante meus movimentos meus olhos passavam de relance no Lúcius que sua armadura durada e branca já começava a ficar vermelha. Aquele capacete dele o deixava com a aparência que ele sempre exala, um arrogante agressivo, e matava sem dó aqueles que o traíram, era seu foco principal.

Com menos homens nos atrapalhando, nós dois avançamos na direção do grupo afastado. Eu corri para alcançar a Arlete, queria estraçalhá-la. Alguns lobisomens e humanos tentavam me impedir em vão, o rei começou a lutar contra o Lúcius, era um homem fora de forma, gordo e velho, contra um Alfa novo, pesando quilos de puro músculo, alto e extremamente forte, para o Lúcius era coisa de criança aquela luta e eu tinha certeza que por trás daquela máscara ele sorria.

Quando cheguei perto dela, Tatiana se transformou em lobisomem e me atacou, antes de me alcança, Lúcius apareceu por trás e se chocou contra ela, ambos caíram rolando no chão e começaram a lutar. Olhei para a Arlete sozinha que estava alguns metros de distância e sorri. Horrorizada, ela correu para fugir, eu a segui. Agora é irmã contra irmã.

A Suprema AlfaOnde histórias criam vida. Descubra agora