Acerto de Contas.

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Ele se levantou e todos me encaravam enquanto eu caminhava rapidamente entrando no território do Boldwin.

– Você está bem? Ele te fez alguma coisa? Te machucou? – Alec se aproximou segurando meus braços. Neguei com a cabeça. – Você quer ir embora?

– Sim. – Respondi.

Ele pegou na minha mão e começamos a caminhar de volta para a aldeia.

– Onde está meu marido? – Arlete perguntou furiosa, a ignorei.

– Se você tiver um pouco de decência ficará longe dele, sua vagabunda! – Parei de caminhar e fechei os olhos com som da voz dela na minha cabeça.

– Karolina, não dê ouvidos a ela. – Alec tentou conversar comigo, eu permanecia de olhos fechados e quando os abri, as árvores na minha frente foram iluminadas por um vermelho intenso.

Virei-me lentamente fixando a visão na Arlete que estava com um vestido longo cor roxa de linho com bordados dourados colado na cintura e busto e uma saia rodada da cintura para baixo, usava um colar de ouro que tinha um pingente roxo em forma de lágrima, uma tiara dourada com pedras roxas na cabeça parecia ser uma coroa dando mais destaque para seus cabelos cacheados loiros, e mais algumas pulseiras de ouro no braço, impecável como uma verdadeira rainha.

Caminhei na sua direção.

– Me chama de vagabunda mais uma vez. – Falei calmamente.

– Você não pode invadir meu território sem a permissão do Alfa ou a minha, e eu te proíbo de entrar aqui, sua vagabunda.

Continuei caminhando na sua direção com passos lentos sorrindo para a Arlete. Pisei na terra preta e ela arregalou os olhos dando alguns passos para trás quando não me viu parando.

– Protejam sua Luna! – Bruthus ordenou aos soldados, mas para a sua surpresa, somente os capachos da Arlete que se atreveram a me enfrentar enquanto ela recuava.

– Ótimo! – Falei sorrindo empunhando minha espada quando vi dez soldados se transformarem em lycans.

Marcus e Matheus juntamente dos outros soldados recuaram também.

Parei, olhei para o céu e aspirei o ar da natureza esperando os dez terminarem as suas transformações. Com os ouvidos bem atentos, escutei o primeiro vim correndo do meu lado direito, olhei para o chão e dei um leve sorriso.

– KAROLINA, CUIDADO! – Alec gritou apreensivo.

Quando o lobo pulou na minha direção, rodei saindo do seu alcance e atravessei minha espada pelo seu pescoço, o corpo caiu de um lado e a cabeça do outro. Alarguei o sorriso, rodopiei a espada na minha mão e esperei pelo próximo.

Vieram dois, um do lado do outro, me atacando. Transformei a mão esquerda em garra preta e corri para o meio deles, deslizei na terra com os joelhos no chão e estiquei meus braços, a garra afiada cortou toda a lateral de um lobo e a espada cortou a do outro, ambos caíram desmaiados. Dei uma risada baixa e macabra ainda com os joelhos apoiados no chão. Antes que eu me levantasse, um lobo pulou em cima de mim, mas foi atingindo pela lâmina que atravessou seu corpo, eu o segurava no ar com as duas mãos na espada. Levantei-me e o derrubei já sem vida, retirando a lâmina suja de sangue. Olhei para os seis restantes, sorri novamente e esperei todos eles que avançaram juntos na minha direção.

Quando se aproximaram, pulei por cima deles, com os braços esticados e rodopiei no ar ficando de cabeça para baixo, dando um mortal, e caí em pé atrás deles que se atrapalharam quando rodaram para trás. De costas para os lobos, rodei meu corpo atingindo-os com a lâmina afiada.

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