Ela é a luz deles

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– Porém eu preciso de você, Lúcius. Preciso da sua arrogância, da sua violência, da sua brutalidade, preciso de você ao meu lado me dando apoio e força para salvar a Kamilla. – Fuguei e limpei meu rosto. Ele me encarava intensamente com as últimas gotas de lágrimas caindo pelo seu rosto.

– Você é a minha luz, Karolina, e eu sou tuas trevas... – Ele ficou calado por alguns segundos. – Já que o seu destino é ascender com Suprema Alfa... – Ele segurou minha mão e nos levantamos. – Então eu, Lúcius Calmon, irei segui-la, acompanhá-la e guiá-la até o fim dos meus dias. Minha lealdade e honra agora são suas, e eu ficarei para sempre ao seu lado nem que seja somente como um soldado.

Lúcius se reverenciou batendo o punho no chão. Finalmente consegui recuperar o fôlego e tirar um peso de anos das minhas costas. Dei um sorriso genuíno e fiquei o encarando ainda ajoelhado.

Ele começou a ficar incomodado naquela posição e olhou para cima procurando saber por que eu não tinha dito para ele se levantar.

– Vai me mandar levantar ou não? – Neguei com a cabeça segurando o riso. Ele fez uma careta, zangado. – Mas eu vou levantar de qualquer jeito. – Disse e se levantou.

– Se eu não te aceitar, o juramento não se torna válido. – Falei sorrindo.

– Foda-se essa validade, vai ter que me aceitar, querendo eu não.

– Lúcius, você não muda. – Rimos. Ele me segurou pela cintura e nos abraçamos forte de olhos fechados.

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– Como seu soldado, a primeira coisa que eu peço é que troque de roupa e coloque umas secas. – Concordei com a cabeça.

– Mas eu não tenho roupas aqui. – Falei.

– Claro que tem, Karolina. – Ele segurou minha mão e fomos até sua casa que era enorme e linda, entramos no seu quarto e tudo estava arrumado, como se o Lúcius não dormisse ali, mas a limpeza era impecável.

– Por que você nunca quis dormir comigo aqui? – Perguntei um pouco zangada, comecei a imaginar ele com a Arlete em cima daquela cama, apesar da casa deles serem separadas.

– Por que o nosso quarto tem um significado para mim.

– Qual significado? – Perguntei.

– Pode parecer loucura, mas primeira vez que te vi foi lá. – Abri a boca, perplexa.

– O sonho... – Murmurei olhando para ele.

– Qual sonho? – Perguntou confuso.

– Você me viu quando tinha dez anos de idade, não foi?

– Como... como você sabe?

– Por que era eu, Lúcius, eu estava lá.

– Como você fez aquilo?

– Longa história. – Dei um sorriso.

– Karolina, você não faz ideia do que fez comigo quando apareceu. No início fiquei com medo, pensei que fosse um demônio querendo me pegar por ter matado as pessoas que eu gostava, mas depois você sorriu para mim e transmitiu uma paz e confiança tão grande que perdi o medo e me tornei corajoso.

Alarguei meu sorriso para ele.

– Karolina, você é a minha demônia do bem. – Rimos.

Ele se aproximou de mim e passou a mão pelo meu rosto, fechei os olhos com seu toque. Minha boca ficou entreaberta e senti sua respiração no meu rosto.

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