Que a Batalha Comece!

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Olhando minha roupa seca que estava estendida, eu permanecia séria e calma por fora, mas por dentro a aflição me atingia. Em poucas horas ascendi como Suprema Alfa e juntei as duas tribos separadas há anos e ainda trouxe os vampiros comigo. O paradeiro da minha filha de cinco anos era desconhecido, e eu sabia que a Kamilla não sabia se defender, era só uma criança inocente.

A profecia não mentiu quando disse que ninguém estava preparado para o caos que eu ia fazer.

Suspirei e peguei as peças estendidas, comecei a me trocar enquanto esperava pelo retorno do Natanael, preciso das informações que ele está trazendo para poder agir, algum tempo já se passou desde que ele saiu, espero que não demore muito.

Quando terminei de me trocar e trançar no meu cabelo, já que o penteado que a Clara fez desmanchou na luta que tive contra o Lúcius, ouvi passos pesados dentro da casa.

– Karolina, o Drakon voltou. – Lúcius falou do outro lado da porta. Minha respiração ficou desregular, eu não queria escutar nenhuma notícia em relação à Kamilla com medo do pior. – Karolina?

A porta se abriu abruptamente e eu saí dos meus pensamentos. O encarei.

– Desculpa, você não me respondeu, fiquei com medo de ter acontecido alguma coisa. – Ele falou apreensivo.

– Tudo bem, vamos. – Falei caminhando para a saída do quarto. Ele me barrou.

– Vai da tudo certo, Karolina, vamos salvar nossa filhotinha. – Ele também deve estar sentindo o mesmo que eu e com as lágrimas querendo aparecer, eu afirmei com a cabeça.

Nós dois saímos juntos e o Lúcius já tinha colocado sua armadura novamente. Fomos até a cabana improvisada que ficava a mesa com o desenho da extensão dos territórios dos lobisomens e humanos que continham bonecos em cima com nossos símbolos. Já estavam reunidos os Alfas, os Bethas, o Imperador e a Ayla, se o Natanael confia nela eu também confio, a Maria Elena também estava lá.

Havia uns bonecos brancos com símbolos em forma de cruz vermelha.

– Esses são os humanos? – Fiz uma pergunta aleatória enquanto passava o dedo pela extensão daqueles bonecos de madeira.

– Sim. – O Imperador me respondeu. – Os humanos lutam com o símbolo do Deus deles.

– E o Deus deles os escuta? – Perguntei.

– A humanidade foi corrompida por causa dos líderes religiosos que pregam a palavra errada, o Deus deles se afastou.

– E mesmo assim eles lutam e matam vestindo seus símbolos sagrados?

– Eles lutam pelo poder, e uma maneira de conseguir o apoio do povo é através de palavras e atos mentirosos.

– São essas pessoas que iremos enfrentar?

– Quem está liderando o exército é o rei João, primeiro de seu nome.

– Mas ele não era um rei quando o conheci, era o irmão do rei que faleceu com a praga. – Alec disse.

– Esse é o mesmo reino que vocês foram há dois anos? – Perguntei para os Alfas.

– Sim, é esse mesmo, é o que ajudamos a capturar uma tal bruxa. – Alec falou emburrado. – E eu tenho certeza de que a menina queimada na fogueira nem era essa bruxa de verdade.

Olhei para o Lúcius e o Natanael que se entreolharam fingindo não saberem de nada.

– Eu sabia... – Alec murmurou olhando para eles dois.

– Você tem razão, mas eu só peguei a verdadeira pessoa do retrato porque fiquei zangado de ser usado como bode expiatório por esse aqui. – Lúcius apontou para o Natanael que de contrapartida fingiu não entender do que estavam falando.

A Suprema AlfaOnde histórias criam vida. Descubra agora