Lúcius Calmon

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Sentado no meu trono com uma taça de prata na mão direita que estava suja de sangue, fiquei olhando aqueles dois soldados que pareciam mais duas crianças enquanto choravam e se borravam nas calças de joelhos implorando por perdão. Como eles conseguiram serem soldados da minha matilha? Patético!

– Meu Alfa, por favor, perdão! Eu tenho um filho para criar, não posso morrer! – Quem falou desesperadamente foi o César que ficou cego depois de brigar com a minha mulher. Até que seus olhos arrombados ficaram engraçados.

Bebi um pouco do vinho, eu tinha que maneirar na bebida, não queria voltar para aquela cabana e ter que enfrentar aquelas mulheres de temperamento forte, bêbado. Principalmente aquela de sangue quente, a mulher que é um demônio disfarçado de loba, a praga que me consome de dentro para for a, Karolina.

– Tudo bem, não vou matá-lo. Traga seu filho para que eu possa foder o cú dele da mesma forma que você queria fazer com a minha filha.

O homem arregalou aqueles buracos que antes eram olhos, me fazendo dar uma gargalhada. Coisa feia!

– Senhor, eu juro que não iria fazer nada com a menina, quem ficou no quarto com ela foi o Július. – O macho ao lado rosnou por ter sido traído pelo amigo.

– Huum... Interessante... – Dei um sorriso para o Július.

– MAS ELE IRIA ESTUPRAR A KAROLINA! – Ele deu um grito e apontou o dedo na cara do amigo. Olhei de volta para o César. Nenhum homem podia tocar na minha mulher e todos sabiam disso, era uma das minhas principais ordens, como ousa!?

– O que vocês disseram para elas? – Encostei-me ao meu trono macio e tomei um gole daquele vinho adocicado. Era minha bebida alcoólica favorita, pois me lembrava dela: Avermelhado, adocicado, seu sabor era capaz de me viciar, me embebedar, me fazer sentir prazer e nunca abusar, sempre querendo mais. Porém se eu bebesse muito ficaria doente aos poucos de dentro para fora, uma doença maldita e sem cura.

– Que... que o senhor não se importava com a menina... – César disse.

– E o que mais? – Comecei a brincar com o sangue nos dedos depois de ter batido nos dois.

– Foi só isso, Meu Alfa. – Július mentiu.

– Certo. – Levantei e andei em direção ao Július. – Abra a boca. – Ordenei. Ele abriu relutando. Enfiei minha mão dentro da sua boca, segurei sua língua e puxei arrancando-a enquanto ele gritava tentando se soltar. – Talvez assim você não minta mais para mim. – Com um sorriso no rosto, joguei a língua para o César que estava encolhido enquanto chorava. – Mate-os. – Disse para meus soldados enquanto saia da sala. Eu já estava entediado e queria voltar para minha mulher e minha filha, talvez eu conte uma historinha para minha filhotinha antes de dormir, depois vou agarrar aquela mulher mesmo que ela não queira. Hoje a Karolina não escapa!

Antes disso, tinha que resolver alguns assuntos da alcateia. Fui até minha sala de leitura, um dos lugares que transava com a minha demônia disfarçada de loba. Ela odiava quando eu fazia isso, quando a pegava em lugares aleatórios e a fazia transar comigo como se minha vida dependesse daquilo, e realmente depende. Eu preciso dela para viver, e não me importo se a minha mulher me odeia, meu amor é o suficiente para nós dois.

Sou um homem que nasceu desprovido de amor, meu pai me criou severamente para que eu me tornasse um grande líder, seu afeto por mim era mostrado quando ele não me espancava caso eu falhasse em alguma tarefa, a única que ainda tentava ser gentil comigo era minha mãe, mas morreu pelas mãos do próprio marido.

Ela tentava fugir comigo quando eu tinha dez anos, mas houve um homem que traiu sua confiança e contou para meu pai seu plano de fuga, então ele a prendeu, estuprou, espancou e torturou-a até a morte. Seu corpo foi tão mutilado que ela cabia dentro de uma mala. Ele me fez matar a sangue frio todos aqueles envolvidos na fuga, meus amigos, homens e mulheres que gostavam de mim. Depois disso, tornei-me frio e calculista. Aos dezoitos anos ascendi como Alfa e aprisionei meu pai. Todos os dias eu mandava dez homens estuprá-lo enquanto espancavam. Até que a florzinha não aguentou de tanta rolada e morreu. Coitadinho! Hahahahaha.

A Suprema AlfaOnde histórias criam vida. Descubra agora