Voe para mim | SasuHina

XIV - Slowly dying

XIV

Perséfone suspirou uma terceira vez, vendo que Hades apenas olhava para um canto vago sem tocar realmente em sua comida. Ele montou uma vida cotidiana indo ao palácio dos mares tentar encontrar Hinata todos os dias, mas sempre voltava de mãos vazias e mais ranzinza do que nunca. Perséfone decidiu ficar mais uns dias para tentar uma conversa amistosa com Sasuke, não queria viver sabendo que ele a odiava.

As coisas não tem surgido muito efeito, Sasuke sempre ia ao tártaro quando podia e quando voltava se trancava em seu quarto e não falava com mais ninguém. Aquela manhã foi a única naquela semana que ele realmente saiu para tomar café da manhã.

— Você não vai comer? — perguntou Perséfone, olhando para Sasuke.

— Isso não é da sua conta. — ranzinza. A deusa revirou os olhos e assentiu, aceitava aquele tipo de tratamento. Hades disse que ficou feliz por ela estar bem, mas não a amava mais. Pessoas que ele não amava, ele estava pouco se importando se trataria bem ou mal.

— Não precisa ficar tão ranzinza. Hinata não vai demorar muito para voltar.

— Então você sabe onde ela está? Porque eu fui mais cedo até o palácio de Naruto e Anfitrite disse que ela não volta tem quase uma semana. — Perséfone assentiu.

— Medusa disse que levaria Hina até Gaia. — Sasuke pareceu pensar, e Perséfone entendeu o que ele queria fazer. — É um assunto pessoal, Hades. Elas precisam de um momento a sós.

— Pouco me importa. Isso tudo é culpa sua.

— Se não fosse por mim ou pela Medusa, você jamais teria conhecido Hinata, Hades. Coloque isso na sua cabeça!

— Não me admira que você tenha ido embora. O que foi? Queria curtir a vida e percebeu que aqui o trabalho é árduo? Deveria ter pensado nisso antes de dizer um sim naquele casamento.

— E adiantaria de alguma coisa eu dizer um não? Você iria me libertar, Hades? Afinal, você me sequestrou e me deixou aqui contra a minha vontade.

— Eu jamais teria deixado você aqui contra sua vontade, Perséfone! Eu não sou o monstro que você pensa que sou. Eu jamais manteria alguém aqui contra sua vontade. Todas as pessoas que estão aqui, estão por honra a mim e porque querem. — Perséfone abriu a boca surpresa. — Além de que, é ótimo saber que tudo o que passamos foi apenas fingimento seu.

— Eu não disse isso...

— Claro que não. As suas palavras dizem outra coisa e seu comportamento receoso também dize. Eu jamais deixaria alguém aqui contra a própria vontade. — ela sorriu sarcástica.

— Até parece. Isso envolve a Hinata também? — em um movimento rápido, Hades segurou o rosto de Perséfone um tanto quanto forte, fazendo a mulher o olhar assustada e incrédula.

— Não me tente, Perséfone. Estar aliviado por você estar viva é uma coisa, agora perdoa-la é uma completamente diferente. — Perséfone gemeu de dor, tentando tirar a mão de Hades de suas bochechas. — Eu só estou aturando você aqui, porque você disse que quer falar com Hinata, então tudo bem. Faça o que você tem de fazer e nos deixe em paz. Afinal, você mesma disse que estava aqui contra sua vontade, não é mesmo? Agora você tem sua liberdade, então trate ela como se fosse ouro, pois se eu perder completamente minha cabeça com você, eu mesmo vou joga-la no tártaro!