XV
Karin andava de um lado para o outro com a mão na boca. Já tinha perdido as contas de quantas vezes roeu a unha, se é que ainda tinha alguma unha para roer. Deidara estava sentado em uma poltrona também roendo sua unha enquanto batia o pé freneticamente no chão observando a ruiva andar para lá e para cá com a harpias em seu encalço.
O submundo estava definhando, o ar estava rarefeito e o clima completamente obscuro, ou mais do que já estava. Os anjos olhavam para todos os lados amedrontados temendo que qualquer coisa pudesse acontecer a qualquer momento.
Ouviram as enormes portas sendo abertas e duas figuras aos pedaços caminhando – ou tentando – na direção dos dois. Karin foi rapidamente até o marido o segurando antes que ele caísse, Deidara olhou para seu senhor que estava com um semblante completamente diferente que conhecia. Os cabelos grandes estavam desgrenhados, a expressão apática, as olheiras fundas, os olhos nublados. Ele não era o mesmo.
— Senhor...
— Eu vou sozinho... — disse abanando a mão para Deidara, que engoliu em seco assentindo. Viu seu senhor caminhar devagar se agarrando nas paredes e sumindo corredor a dentro. Se assustou quando ouviu um baque e olhou vendo Obito caído no chão sendo amparado por Karin, que já chorava copiosamente.
— Eles estão se matando! — Deidara assentiu.
— Se a senhorita Hinata não voltar o quanto antes, nós vamos morrer e não vai ser de um jeito legal. — Karin assentiu.
— A senhora Perséfone disse que iria tentar falar com Hinata. Tenho certeza de que ela vai conseguir, e... — como a resposta para todos os males, Hinata entrou no salão rápida sendo seguida por seu pai. Olhou em volta e, assim que viu Karin, respirou aliviada. — Hinata! — a ruiva correu e abraçou a amiga respirando aliviada e deixando suas lágrimas inundarem seu rosto.
— Onde ele está? — perguntou direta.
— Ele acabou de subir. — respondeu. Hinata assentiu e olhou para o chão vendo Obito a olhando tentando não desmaiar. A menina correu até o comandante o avaliando.
— Aqui. — Hinata estendeu a mão e um brilho amarelado surgiu em sua palma formando uma bola de cristal com algum tipo de flor dentro. Karin olhou para a amiga confusa assim como Deidara. — Aguenta firme, sim? — Obito assentiu e Hinata quebrou o cristal. A flor se transformou em algum tipo de névoa amarelada entrando pela narinas de Obito. O homem se contorceu dolorido e Karin segurou a mão do mesmo tentando passar algum tipo de conforto.
O processo durou alguns minutos e Obito parou de se contorcer e aparentava estar dormindo. Karin olhou confusa para a amiga.
— Ele precisa descansar. Vai acordar em algumas horas. Levem ele ao quarto. — Karin assentiu pedindo ajuda a Deidara. — Karin... onde ele está?
— No quarto... No seu quarto. — Hinata assentiu correndo escada acima. Naruto suspirou e caminhou até o comandante caído no chão.
— Eu levo ele.
Enquanto isso, Hinata corria o mais rápido que sua pernas conseguiam rumando ao quarto que se hospedava antes de se entender com Sasuke. Sentia seu coração acelerado, descompassado, e Hinata temeu que ele fosse pular por sua boca. Suas mãos suavam frio e sua respiração estava acelerada. Pequenos flocos de neve pairavam sobre seu corpo, mas ela não ligou muito para aquela pequena nevasca.
A menina abriu a porta rapidamente se deparando com o deus jogado no chão desmaiado. Hinata sentiu o coração partir ao ver o estado que seu amado se encontrava.
— Sasuke... — sussurrou pegando o moreno e o levando até a cama com muito esforço, já que Sasuke era o seu peso duplicado. A menina tirou a capa imperial do rapaz, desabotoou os botões da camisa e tocou no rosto apático. Beijou toda a extensão do rosto do deus e foi até às botas negras as tirando e tentando deixar Sasuke o mais confortável possível, depois se ajoelhou ao lado dele novamente esticando sua mão e fazendo uma careta sôfrega. — Vamos lá, se concentra!
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Voe para mim | SasuHina
Fiksi PenggemarHá uns séculos, Hades, o deus do submundo foi completamente arrematado com a notícia de que sua esposa, Perséfone havia desaparecido. Incansavelmente ele continuou procurando sua esposa, até que uma certa mortal chama sua atenção revelando ser muito...