Capítulo 12

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Entrei na sala e ainda estava escuro, vi a silhueta de Javier sentada em cima de sua mesa, enquanto apagava o cigarro quando percebeu que eu tinha chego. Ascendo a luz, e os olhos dele se fecham em reação a claridade.

— Pode continuar fumando. — Digo colocando a bolsa sobre a cadeira.

— Não quero, e eu sei que você não gosta. — Ele permaneceu sentado, com as mãos apoiadas na mesa enquanto me observava.

— O que foi? — Pergunto tirando a jaqueta e pendurando no cabideiro.

— Você guardou as fotos?

— Sim, Javi. Eu guardei as fotos, estão na minha gaveta, e o Steve tranca a sala antes de sair, então não precisa se preocupar com o seu amigo Barry.

— Isso é bom, vamos evitar problemas, tanto para ele quanto para nós.

— Não iria nos acarretar problemas, mas se você acha que é o melhor a se fazer, irei ouvir seus conselhos pelo menos dessa vez. — Brinco e vou até as gavetas de arquivos, procurar os papéis que Steve estava lendo no dia anterior. — Chegou cedo hoje, o que aconteceu?

— Não consegui dormir muito bem, então vim direito para cá, pelo menos você não fica sozinha. — Javier cruzou os braços, mas ainda se mantendo atento a cada movimento que eu dava.

— Quanto cavalheirismo, querendo me fazer companhia. — Olhei todas as pastas com agilidade, e assim que peguei o arquivo que eu queria, fechei a gaveta e caminhei em direção a minha mesa.

Vejo Javier se levantar e sinto suas mãos me puxarem pela cintura, a proximidade dele juntou nossos corpos tão ágil que eu mal pude respirar. O envelope com o arquivo caiu em algum canto da sala longe o suficiente para que saísse do meu campo de visão.

— Estou cansado de ser cavalheiro com você. — Os olhos dele voaram para os meus lábios, enquanto sua mão apertava minha cintura.

— Não precisa ser. — Levo meus dedos até o rosto dele acariciando com cuidado, mas logo segurando com força e o fazendo me olhar. — Eu não quero que você seja.

Em um ato tão rápido ele inverteu nossas posições me pegando no coloco, colocando em cima de sua mesa e empurrando as coisas de canto, fazendo seu corpo se encaixar perfeitamente entre minhas pernas.
  Minha pele queimava em cada centímetro onde os olhos dele passavam. As mãos que já não estavam mais em minha cintura, subiram até minha nuca puxando meu cabelo devagar, e me deixando completamente exposta para que ele fizesse o que quisesse.

  Os olhos dele brilharam até que não conseguimos manter a distância por muito tempo. Seus lábios quentes e úmidos encontraram os meus, enquanto nossas línguas se juntavam em sincronia de puro desejo.
  Pude sentir o calor tomar conta de todo meu corpo quando a mão dele subiu até meu seio ainda cobertos pela minha camisa, mas sendo o suficiente para que ele o apertasse com calma.

— Javi. — O gemido escapa e me separo enquanto tentava recuperar meu ar.

— ¿Sí?— Ele volta a juntar nossas bocas, mas agora deixando uma mordida em meu lábio.

  Eu estremecia todas as vezes que o ouvia dizer qualquer coisa em espanhol, aquela maldita língua combinava tanto com ele.

— Alguém pode nos ver. — Me esforço para me desvencilhar do beijo.

— Foda-se, não é como se ninguém nunca tivesse beijado antes. — As mãos dele voltaram até minha cintura e apertaram simultaneamente enquanto a boca dele foi até meu pescoço, deixando beijos molhados.

— Eu sei, eu sei. Mas é perigoso, meu pai sempre vem aqui ver se eu cheguei bem. — Seguro o rosto dele fazendo com que finalmente olhasse em meus olhos. — A gente continua outra hora.

Monster in me - Javier PeñaOnde histórias criam vida. Descubra agora