As pequenas luzes brilhando em amarelo, vermelho, verde e azul, me fizeram lembrar que já era dezembro novamente. A Colômbia é um país católico, então o natal é uma das épocas mais importantes do ano, e era raro que não colocassem nenhum tipo de adorno em seus locais de trabalho.
A base não era bem um lugar familiar e cem por cento agradável de se estar, mas os soldados e agentes tentavam dar o seu melhor para que se tornasse um lugar aconchegante. Mesmo que a maior parte do tempo, as grandes notícias eram de que traficantes haviam matado pessoas inocentes.O fato de meu pai não estar mais presente incomodava todos ao nosso redor, mas era algo que não tinha como mudar, e depois da nossa última conversa, seria ainda mais difícil fazê-lo mudar de ideia e continuar trabalhando. E o que tornava meu complicado, era depender das informações de Alejandro, e o pior disso era não poder contar ao Steve, que é meu único amigo, e a única pessoa que poderia confiar.
Encostei meu corpo completamente na cadeira enquanto bufei cansada. As papeladas em cima da mesa, todos aqueles burburinhos faziam minha cabeça girar e me deixavam enjoada.
— Olha isso. — Javier jogou os papéis em minha frente e apoiou as mãos sobre a mesa.
Peguei as folhas ainda em silêncio e examinei as fotos. Los pepes estavam fazendo justiça com as próprias mãos, e ao mesmo tempo deixando o povo de Medellín atormentado e amaldiçoados com o cenário.
— Inferno. — Praguejo.
Senti o nojo consumir meu corpo.
Mesmo que estivéssemos cooperando com Alejandro, a forma que ele e sua equipe lidava com as coisas me fazia questionar minhas escolhas.— Lou? — Steve me olhava com a sobrancelha arqueada. — Você não parece nada bem.
— Eu estou cansada, tem tanta coisa acontecendo, parece que esse inferno não tem fim. — Reclamo. — O que vamos fazer?
— Sinceramente? Nada. — Javier sacode os ombros e se senta ao meu lado. — O que acha de jantarmos juntos hoje?
Olho para Javier de soslaio, tentando não parecer estressada. Mas a forma como ele agia completamente indiferente, uma hora ou outra iria despertar a curiosidade de Steve, e não sabíamos como seria a reação dele.
— Ah eu passo, a Connie está em casa. — Steve sorri de lado.
Agradeço pelo loiro não se importar com a resposta anterior.
— Sério? Então ela vai voltar a morar com você aqui na Colômbia? — Pergunto surpresa.
— Não, ela volta semana que vem, a Olivia ficou com a irmã dela. Mas logo vamos estar morando juntos de novo, é o que espero.
— Claro, fico feliz que ela tenha vindo te visitar. Vocês precisavam disso, principalmente ficar um pouco juntos. — Sorrio.
— Eu sei, é bom ter ela por perto.
Os olhos dele brilhavam quando pensavam na Connie, e era lindo toda vez que eu conseguia presenciar isso. Steve é um marido dedicado, mas nem sempre isso é o suficiente para sustentar um relacionamento. Principalmente quando estamos falando da posição em que nos encontramos.
— Pelo visto vamos jantar sozinhos. — O moreno comenta enquanto digita concentrado.
— Podemos marcar de fazer algo, algum jantar na casa de vocês, ou em um restaurante. Ela sente sua falta, Lou. — Steve propõe.
— Por mim tudo bem, podemos fazer uma jantar em casa. Na verdade, comprar alguma coisa, porque sou péssima na cozinha. — Solto uma risada baixa.
— Perfeito! — O loiro se ajeita na mesa e sorri.
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Monster in me - Javier Peña
ФанфикLouise Carrillo, uma jovem policial, presa em um romance fracassado e assombrada por cicatrizes da infância. Seu mundo vira de cabeça para baixo quando dois agentes chegam para ajudar a caçar Pablo, Louise mal sabia que eles mudariam sua vida para s...