CAPÍTULO 01

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Emma Giordano

6 anos antes.

Caminho em direção ao altar, feliz, na verdade radiante, quando Andrea pediu minha mão eu não acreditei, filha de um soldado, almejar um underboss e é uma ambição muito grande, a qual nunca tive.

Papai disse que não importava a posição, só me daria a quem eu quisesse, eu quis Andrea, ele é lindo, jovem, loiro, alto foi gentil isso para o nosso mundo e muito, prometeu jamais me ferir.

Após o casamento na hora dos comprimentos, um homem chamou minha atenção, alto, olhos verdes , cabelo preto e bem penteados, segundo Andrea o consigliere da Cosa Nostra. Um Colombo.

Horas se passam e Andrea pede para que eu me despeça dos meus pais, para irmos pra nossa casa, nossa casa. Dá uma felicidade só em pensar.

Chegamos à mansão de Andrea, que a partir de hoje será nossa casa. E linda, e toda branca com detalhes dourados, os Romanos são ricos e não fazem questão de esconder o quanto.

Quando chegamos no quarto um tremor me atinge, nunca dividi o mesmo espaço com qualquer homem que não fosse o meu pai, Andrea nota minha aflição e se aproxima.

— Não precisa ter medo Emma, eu sou o seu marido — Beija o meu pescoço e segura minha cintura. — Posso ajudá-la com o vestido? — Pergunta e eu aceno, Andrea desabotoa os botões do vestido que são muitos, quando ele termina, meu vestido caiu aos meus pés, fico só com o espartilho é uma tanga e as cintas liga, Andrea beija o meus seios o decote que se forma no espartilho e começa a desamarra-lo, a peça cai aos meus pés, Andrea me puxa para a cama e me faz deitar, ele vem sobre mim, começa a chupar os meus mamilos é sinto uma pressão no meu ventre, uma sensação gostosa, solto um gemido que faz Andréa me dar um olhar fulminante.

— Não gosto dos seus gemidos, guarde-os para você. — Andréa fala e sinto uma vergonha por ter gemido alto,, asceno como um pedido de desculpas.
Ele começa a me dar beijos na barriga, sinto suas mãos nas laterais da minha calcinha e ruborizo, ontem mamãe me levou a um salão, onde fiz uma depilação completa para minha noite de núpcias.

Andrea desce a minha calcinha pelas minhas pernas, e depois as cinta liga, seu olhar volta faminto para minha boceta, olhar esse que se transforma assim que a encara, Recebo o tapa forte na minha virilha, ofego de dor, e meus olhos se enchem de lágrimas.

— Primeiro geme como a porra de uma prostituta, agora essa merda, se eu quisesse uma boceta depilada de prostituta teria ido a um bordel e não me casado com você, não faça mais isso, entendeu? —  Pergunta eu concordo com a cabeça sem conseguir falar, achei que ele gostaria que estivesse depilada, mamãe disse que ele iria preferir, começo a chorar, e Andrea me abraça.

— Não precisa chorar, Emma, só não faça mais, tudo bem? Isso não é coisa de mulher de honra, apenas apare, Emma! — Fala ele.

— Me desculpe, Andrea, eu juro que não fiz por mal — Me desculpei mesmo sem saber que eu me desculparia muito daquela noite em diante, minha vida seria um súplica.

******

2 meses depois.

Olho pro teste de gravidez em cima da bancada de mármore do banheiro, e fico aliviada, e ao mesmo tempo me bate uma tristeza, queria contar pra mamãe, ligar para papai, ele ficaria tão feliz em ser avó, mas eu não posso ligar, eles se foram, sinto as lágrimas se acumularem em meus olhos e deixo elas virem, vinte dias depois do meu casamento eles foram mortos, enquanto iam me visitar no hospital, o carro deles foi alvejado com tiros da Bratva, foi o pior dia da minha vida, todos os outros têm sido iguais.

Andrea me mostrou uma face sua que eu não conhecia, ele descobriu que tomava anticoncepcional e ficou muito decepcionado comigo, dessa vez as desculpas não adiantaram, acordei no hospital, com cinco pontos na cabeça e uma luxação no braço, minha mãe estava comigo, Andrea disse a eles que eu caí, caí sim, mas num inferno que jamais poderia sair, papai confrontou Andrea, eu não entendi a discussão.
Ele foi embora com mamãe e eles não tiveram mais autorização para me ver, até o dia em que foram mortos, de tanto eu implorar, Andrea permitiu que fossem me visitar, mas eles nunca chegaram, a bratva os viu antes de mim...
Escuto um barulho de carro e corro para dar a boa nova a Andrea, seríamos país.

—Andrea, aconteceu, eu confirmei agora a pouco com um teste, eu estou grávida.— Falo sem rodeios, para não irrita-lo.

—Até que enfim, Emma , já estava achando que você era infértil. — Fala com desdém
- fomos abençoados Andrea — Sorrio para ele que me abraça.......

Achei que aquela gravidez seria a paz para o nosso casamento, mas não foi assim. Andrea nunca gostou de paz, até o dia de sua morte eu não soube o que era paz, todos os dias eu desejava que ele saísse e não voltasse, queria que meus filhos, Sofia e Lorenzo tivessem o que eu tive, um lar amoroso, uma família feliz. Eu não conseguia dar isso a eles, não casada com Andrea, que fazia da minha vida um inferno, todos os dias.

Então ele se foi, uma morte rápida, bateu o carro em um poste e me livrei de seis anos de sofrimento e dor, um poste fez mais por minha vida que qualquer ser humano.

Mais do que eu pude fazer, me libertou!

O Amor De Carlo, o Consigliere Onde histórias criam vida. Descubra agora