capítulo 27

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Emma romano

Sinto uma dor de cabeça excruciante ao abrir os olhos, sinto algo fofo e passo a mão, estou na cama, olho ao redor e as lembranças me invadem lembro de Olívia, ela me dopando, boto a mão na cabeça sinto uma dor horrível.
Me lembro dos meus filhos, ela disse "meus filhos". Não, não pode ser, não é possível.
começo a chorar. Olivia não faria isso comigo, conheço Olivia a anos, ela jamais faria isso comigo eu não posso acreditar.
A porta do quarto é aberta Carlo passa por ela, ele está mancando e tem alguns hematomas no rosto sua mão está enfaixada e ele me olha com pesar.

— A Olivia, Ela me traiu, Carlo — Digo pulando da cama é indo abraça-lo, ele retribui o abraço me apertando em seus braços.

— Eu sinto muito linda, — ele beija minha cabeça.

—Ela levou as crianças, por favor, encontre os meus filhos, Carlo. — A dor em meu peito é avassaladora. Carlo segura o meu rosto e me faz olhar para ele.

— Nossos, você não precisa implorar para que eu salve os nossos filhos. — E nesse momento que eu sei e tenho a certeza que eu não posso amá-lo, eu queria, mas não consigo, Carlo merece alguém melhor que eu.
—Eu só vim ver como você estava, já estamos indo, ela pegou um avião, mas já conseguimos rastrear o destino. — Sinto um alívio com suas palavras.

— Traga-os para mim, Carlo. — Imploro mais uma vez, ele beija minha mão e sai.

Me deito na cama e me enrolo em posição fetal e choro, como eu fui burra, Olivia sempre foi uma cobra é eu nunca havia percebido, eu deixei Olivia vir para a Itália, a culpa e minha, se algo acontecer com os meus filhos eu jamais vou me perdoar por ser tão idiota.
Eu já deveria ter aprendido que não se pode confiar em ninguém.
Eu só não entendi o motivo, ela disse que eu tirei ele dela, mas quem?, Não, não isso não e possível, sinto náusea só de pensar na probabilidade de Olivia ter tido alguma coisa com Andrea. Má levanto e corro para o banheiro, me agacho no vaso e vômito com o pensamento de eu ter sido tão idiota. Mas eles nem se falavam, Andrea as vezes chamava a atenção dela na minha frente, inúmeras vezes ela me aconselhou a fugir. Tonta, e isso que eu sou.
Uma batida na porta me tira dos pensamentos me levanto e enxaguou a boca com enxaguante e vou ver quem é, Giulia está na porta com os olhos vermelhos.

— Posso entrar? — Aceno com a cabeça sem forças para falar, em vez de entrar Giulia me envolve em um abraço apertado. — Eu sinto muito, Emma, eu imagino o que você está sentindo. Se acontecer algo parecido com meu menino eu não sei o que seria de mim. — Não aguento, desabo mais uma vez, choro agarrada em seus braços.

— Ela…er… minha …amiga.. — Digo soluçando. — Eu nun….ca ….pensei…q..ué.. ela …fosse a..ssi…m — Eu não estou conseguindo nem respirar direito.

— Não fique assim, Emma, a culpa não e sua por confiar nas pessoas. — Queria acreditar que não, mas a minha burrice passa dos limites. Não estou conseguindo respirar, meu coração palpita além do normal, meu corpo todo treme. Caio no chão tentando respirar. E se eu nunca mais ver os meus filhos?, isso é tudo culpa minha, eu…

— Emma, calma respira, você tá tendo uma crise de pânico. — Escuto a voz de Giulia distante, eu nunca mais vou ver os meus filhos, eu não quero viver em mundo sem eles. Puxo o ar com força e sinto um suor frio descer por minha espinha. — Ela tá tendo uma crise..— Não consigo respirar, eu preciso ver os meus filho, sinto uma picada no braço e logo depois eu apago…

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Carlo Colombo

Me partiu o coração deixar Emma naquele estado, ela estava uma bagunça.
Estamos no jatinho indo para a ilha de Milos, a desgraçada achou que pegando um voo fantasma se livraria da gente. Contatamos Mikail que tem alguns territórios sob seu domínio na Grécia e ele me disse que o avião já pousou em Milos.
Meu telefone toca, olho no visor e e Giulia, espero que não seja más notícias.

— Fale! — digo assim que atendo.

— O médico da famíglia teve que sedar Emma. — puxo uma lufada de ar, desgraçada conseguiu destruir o emocional de Emma de novo.

— O que ela fez? — Pergunto.

— Uma crise de pânico, ela caiu no chão e ficou se debatendo puxando ar, chamava a todo momento pelos meninos, eu tive medo dela se machucar e chamei o médico que estava de prontidão, ele deu uma calmante natural para ela, só para que ela descanse.

— Tudo bem, cuide dela para mim, acho que quando ela acordar já estaremos de volta. — Digo e desligo.
Alessandro me fita com curiosidade.

— Ela teve uma crise, tivera que sedar ela. — Alessandro trinca o maxilar.

— Eu vou mata-la. — Diz se referindo a desgraçada da Olívia

— Não, eu vou. — Digo.

Mantemos silêncio o restante da viagem, Alessandro faz algumas ligações, não trouxemos muitos homens mas Mikail disponibilizou alguns dos seus.

Desembarcamos em Milos, uma ilha da Grécia.
Segundo informou mikail ela foi do aeroporto para uma casa, beira mar a alguns quilômetros do aeroporto.

— Cerquem a casa, não deixem que ela perceba que estamos chegando. Não atirem em nada enquanto as crianças não estiverem a salvo. — Late Alessandro para os homens.

Entramos nos carros e seguimos em direção a casa. Quando chegamos nela vejo que e afastada da outras, é uma bela casa.
Não tem seguranças, ao que tudo indica ela é muito confiante.

— você fica aqui, além de ter fratura nas costelas, você pode acabar fazendo bobagem agindo pela emoção. — Vou negar mas Alessandro me dá um olhar mortal. — é o seu don que está ordenado. — Engulo a raiva e aceno.

— Traga-os de volta. — Digo tentando disfarçar a emoção em minha voz.

— Palavra. — Diz se afastando, vejo de longe os homens montando um cerco ao redor da casa. Vejo Alessandro olhar pelos vidros e se lançar para dentro da casa.
Se passam minutos, mas para mim se parecem horas, decido que não vou ficar aqui feito um babaca. Estou me aproximando da casa quando Alessandro sai da casa junto a outro soldado, Alessandro segura a cabeleireira inconfundível de Sofia, Lorenzo está nos braços do outro soldado.
Sinto que saíram toneladas das minhas costas, corro e seguro meus pequenos nós braços. Eu os amo tanto.

— Você estão bem ? — Pergunto enquanto olho se tem algum machucado.

— tamo tio. — Sofia responde com uma inocência de quem não sabe o que aconteceu.

— Eu tô com fome. — Lorenzo diz, a meu pequeno se você soubesse o que está acontecendo, não estaria com fome.

— nós vamos para casa, tá bom? — falo tentando me deixar tranquilo.

— A mama não veio? A tia Olívia disse que ela já tava chegando. — Diz Lorenzo com voz de choro.

— Não, nós iremos até a mama. — digo me levantando e olhando para Alessandro.

— Ela tá viva, vou levar ela assim, depois decidimos como finalizamos esse assunto. — Diz e sei que ele também quer mata-la.

A volta para casa foi tranquila, Alessandro ficou para vir em outro voo trazendo a desgraçada.

Quando chego na casa de mama onde Emma está, ela está descendo as escadas, pálida mas assim que vê as crianças corre em nossa direção abraçando eles, em um abraço apertado.

— Eu quase morri de preocupação. — Diz em meio ao choro.

— Eu não queria ficar lá não, mama, mas a tia Olívia disse que a senhora ia também — Diz Sofia fazenda bico.
Emma me olha cheia de gratidão, acho que ela não imagina que eu explodiria o mundo por eles.

— Obrigada. — Diz se levantando e me abraçando. — Eu sei que você vai cuidar deles. — e de você também, quero dizer mas me calo.
Emma está novamente em pedaços, e aquela desgraçada vai pagar.


O Amor De Carlo, o Consigliere Onde histórias criam vida. Descubra agora