capítulo 26

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Emma romano.

Meu coração palpita, sinto que ele vai sair da minha caixa torácica a qualquer momento, desde que saímos do caos que se transformou a nossa casa, havia corpos e sangue, a portaria do condomínio foi explodia.

Quando a porta do quarto se abriu pela primeira vez, era Mario, indo colocar angelo no quarto, quando ela foi destravada achei que fosse Carlo indo nos dizer que foi alarme falso, mas a cara de Mário e olhar que ele lançou a esposa, deixaram claro que a situação não era boa.
Ao que me pareceram horas, a porta foi acionada de novo, dessa vez eu gelei, o quarto era revestido, não tinha como ouvir nada, fiquei apreensiva que os inimigos tivessem conseguido acesso ao quarto, mas a figura de Alessandro apareceu, eu fiquei aliviada, mas o alívio durou minutos quando percebi que Carlo não estava com ele, o desespero me tomou quando ele disse que Carlo tinha sido levado.
Precisávamos sair da casa, pois havia risco de um novo ataque, Alessandro sugeriu que fossemos para a Mansão Colombo, mas eu neguei, queria o conforto que só uma amiga poderia me dar, pedi que me deixassem onde Olivia estava, Alessandro relutou, mas não dei brecha, ele então cedeu, desde que Paolo fosse conosco, eu não me opus. Viemos e agora estou aqui andando de um lado para outro enquanto as crianças dormem, elas ficaram muito agitadas, tive que cobri a cabeça delas quando saímos para que não vissem o horror que estava a casa, Mario tinha sido ferido, mas estava bem.

— Você vai furar o chão, Emma, sente-se aqui.— Olivia apontou para uma cadeira, eu me sentei e comecei a chorar, e se o matassem? O que seria das crianças?

— Você está muito nervosa, vou preparar uma água com açúcar para você — Eu não presto atenção em nada, só consigo pensar no caos que essa noite virou. Olivia volta e me entrega um copo com água, bebo sob seu olhar atento.
Alguns minutos depois sinto meu corpo relaxar e uma dormência na língua, começo a usar frio.

— Acho… qu… eu tô…passando mal — Consigo dizer em meio a dormência na língua, Olivia me olha e o semblante que está em seu rosto e sombrio. Nunca vi esse tipo de semblante em Olivia.

— Você vai dormir um pouquinho, quando acordar eu estarei longe, me agradeça por deixar você viva sua desgraçada — Oi? Será que eu estou delirando, não estou entendendo, essa não é minha amiga. — Que foi? Ainda não entendeu? — Pergunta, e a minha ficha começa a cair olho para o copo na mesa e sinto as lágrimas grossas rolarem pelo meu rosto, vou me levantar mas tropeço nos meus pés e caio aos pés de olivia que cospe em meu rosto. — Você tirou ele de mim, eu não perdoo você por isso, nunca. — A traição sempre vem de onde menos imaginamos — Você e muito sonsa mesmo não é? — Ela da uma risada e eu olho para a porta onde Paolo está. — Eu já nocauteei ele, uma boa seringa e problema resolvido. — Gargalha — tento me manter com os olhos abertos mas é impossível, meus olhos estão pesados mas antes que eu apague escuto a voz distante de Olivia — Foi fácil como tudo com você sempre foi, só precisei observar sua casa e a segurança dela por algumas horas, passei a informação para as pessoas certas é surpresa! Tudo resolvido, o marido bobão foi tirado do caminho e você fez o que eu tinha certeza que faria, veio chorar no meu colo como sempre, sua fraca. Eu já tinha tudo planejado, bastou mexer as cordas certas para que tudo acontecesse, Adeus Emma, é eu vou levar meus filhos comigo…

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Bônus.

Olivia

Olho a notificação no meu celular e o avião já está pronto apenas nos esperando.
Pego Sofia e Lorenzo nos braços sem querer acorda-los, eles estão pesados, mas vou ter que aguentar até chegar a garagem, saio do quarto e vejo a figura patética de Emma estirada no chão, passo por ela e vou para a porta do apartamento, Paolo está no chão também.
Enquanto a mosca morta colocava as crianças na cama eu vim aqui fora, os homens dessa máfia tem sérios problemas, bastou umas lágrimas nós olhos e ele abaixou a guarda, estupido, quando ele me olhou com olhar condescendente eu cravei a seringa com uma dose alta de sedativo, ele só botou a mão no pescoço e desmaiou, como estamos na cobertura não corria o risco de ninguém nus ver, o idiota do Carlo acha que eu não perceberia aquelas câmeras? Reviro os olhos e saio do apartamento, vou em direção a garagem assim que avisto a SUV, abro e acomodo as crianças, o carro está com os assento das crianças, então foi fácil.
Sento atrás do volante e vou guiando o carro até o aeroporto, quando aqueles idiotas perceberem, eu já estarei bem longe.
Quando chego ao aeroporto o jatinho já está nos esperando, ótimo, desço e peço ajuda a comissária para acomodar as crianças, como não trouxe malas, o embarque e rápido, cinco minutos depois o avião levanta vôo,olho para as figuras adormecidas de Sofia e Lorenzo e sorrio, finalmente, eles sempre foram destinados a serem meus.

Me lembro de quando eu conheci Andrea oito anos atrás, foi amor à primeira vista, íamos nos casar, mas eu descobri que és grávida, foi o dia mais feliz da minha vida, Andrea era só felicidades, Antônio também, já que ele não podia ter filhos pois era infértil, ficou a cargo do irmão levar a linhagem dos Romanos a frente, mas alguns dias depois eu tive um sangramento, cheguei ao hospital e descobri que tinha Útero Septado, uma malformações congênitas que me impossibilitava de levar uma gravidez a diante, em alguns casos e possível mas no meu o médico foi claro, as chances eram mínimas. Meu mundo ruiu. Antônio deixou claro que eu jamais poderia me casar com o irmão dele, eles precisavam de herdeiros, portanto Andrea precisava se casar com alguém que pudesse dar herdeiros a eles.
Eu fiquei mal, sofri muito, mas ao decorrer dos meses surgiu uma ideia, se Andrea se casasse, poderia ter herdeiros e depois nos livráriamos da mulher, e eu criaria as crianças com muito amor.
Dei a proposta para Andrea e ele concordou, escolheríamos alguém de baixa patente na máfia, para quando nos livrássemos dela não houvesse clamor, alguém sem importância. Antônio sugeriu Emma, eu a segui de longe por algum tempo, ela era bonita mas eu nunca fui insegura, dei aval a Andréa e ele começou a visita-la, não houve resistência, os pais delas ficaram lisonjeados, claro, um homem da patente de Andrea de uma família do alto escalão da máfia se interessar por a filha de um soldado e um grande feito. Nosso combinado era que eu ficaria na casa como uma governanta, para ficar de olho, Só que as coisas saíram do controle, logo depois de casados eu percebi que Andréa não se livraria da mosca morta, ele estava se apaixonando por ela, isso partiu meu coração em milhares de pedaços, mas Andrea ficava dividindo, as vezes ele a amava e às vezes a odiava, eu gostava disso, comecei ficar amiga dela, ganhar a sua confiança, ela era manipulável.
No decorrer do tempo quando via Andrea muito perto dela fazia intrigas, Andrea se enfurecia e batia nela, e eu sempre estive lá para cuidar dela. Rezava para que em uma das surras ele a matasse. Quando ela teve Lorenzo ele se negou a mata-la, então tomei a decisão de fazer com que ele matasse ela sem querer enquanto batia nela, Lorenzo se parecia com ela, então enfiei na cabeça dele que menino não era dele, ele batia mas nunca aconteceria de mata-la, depois de um tempo veio Sofia, linda a cara de Andrea, e foi o estopim para mim, comecei a ser mais incisiva, e ele estava começando a ceder, até ameacei ele que faria a idiota descobrir sobre a morte dos pais dela, que ele os matou para que parassem de se intrometer na vida deles. Mas Andrea estava irredutível. Certa noite inventei algumas coisas sobre Emma, e ele acreditou, naquele dia achei que me livraria dela, ouvir os gritos dela, garrafas se quebrando, quando apareci na sala a vi jogada no chão inconsciente, ele me olhou transtornado e saiu, pegou seu carro e foi a última vez que o vi com vida, verifiquei a sem sal e ela estava viva, um segurança entrou e não tive escolha a não ser levá-la ao hospital, quando chegamos lá Antônio apareceu com a notícia que destruiu meu mundo, Andrea estava morto, por culpa daquela desgraçada, contei a Antônio que a culpa era dela e ele me prometeu vingança, mas essa vingança nunca veio, quando achei que me livraria dela, apareceu um idiota apaixonado e tirou as crianças de lá, Antônio havia me prometido que eu ficaria com as crianças, criaria elas para que fossem os herdeiros dele, mas o idiota do Carlo atrapalhou meus planos, então não tive escolha a não ser arquitetar esse plano para poder ficar com meus filhos, já que o pai deles a estúpida já me tirou, meus filhos ela não vê nunca mais… sou tirada dos pensamentos quando Lorenzo me chama.

— Aonde agente tá tia? Cadê a mamã? — Sua mãe sou eu, respiro fundo e olho para ele que ainda está assustado

— Nós vamos dar um passeio, a mama vai encontrar agente depois tudo bem? — Ele acena e olha para Sofia, eu amo tanto essas crianças que dói, agora seremos felizes, só eu e eles.


O Amor De Carlo, o Consigliere Onde histórias criam vida. Descubra agora