capítulo 22

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Emma Romano

Estou sem acreditar no que acabou de acontecer.
Carlo acabou de sair e eu ainda sinto borboletas no estômago. As vezes acho que sou muito paranóica, não quero confiar em Carlo cegamente, prefiro ir levando as coisas de vagar, mas ao mesmo tempo quero me jogar de cabeça, sem me sentir culpada por estar confiando em alguém novamente.

Foco no almoço, as crianças pediram massa fresca com molho de cogumelos.
Está tudo adiantado quando resolvo sentar um pouco, eu sinto algumas dores nas costas se ficar um tempo em pé.
Pego um copo de água e me sento na bancada da cozinha. Repasso a manhã com Carlo e sinto minhas bochechas esquentarem. Giulia me fez enxergar algumas coisas, relembro da nossa conversa de mais cedo.

   " Não é tão difícil deixar ser amada, eu entendo você, mas meu irmão tá tentando, ele te ama. — Arfo

— Eu não acredito mais no amor — digo. Ela sorri.

— Todos nós acreditamos, você só está sofrendo, e tá tudo bem. Mas você está deixando a oportunidade de ser feliz escapar. — Ela me diz.

— Eu não sei o que fazer, não sei como retribuir. — falo tímida.

— Não tem um manual, agente age como nosso coração manda, se sentir vontade de abraçar? Abrace, se sentiu que deve falar algo? Fale, pra isso que temos maridos, eles não são nossos inimigos, Carlo quer ser seu marido, deixe que ela seja o que VOCÊ quiser que ele seja — Fala com carinho.

— Vou pensar a respeito.

— Tudo no seu tempo, mas não deixa as inseguranças e os seus medos falarem mais alto que o seu coração. "

Eu realmente precisava ouvir isso. Não vou deixar meus medos me vencerem.
Quando escuto a porta da frente vou dar uma olhada é e Carlo com as crianças, ele desce com uma Sofia agitada em seus braços e Lorenzo tagarela seguro em sua mão. A visão me faz arfar. Carlo e másculo, forte, com uma mochila cor de rosa nas costas e uma menininha vestida de tutu nós braços e uma visão linda. Paro de olhar quando os vejo aproximando. Abro a porta.

— mama! — Sofia grita pulando do colo de Carlo e agarrando as minhas pernas. — eu tô tão feliz, eu agora sou uma bailarina de verdade. — diz ofegante.

— Acredito meu amor. — digo acariciando seus cabelos, a pego nos braços e a levo para o sofá. Carlo entra e me dá um beijo na testa.

— tudo bem?— pergunta receoso.

— tudo! — digo olhando em seus olhos — vão lavar as mãos para que possamos almoçar. — digo e Lorenzo faz um muxoxo.

— Agora não mama, eu queria ir brincar com o Ângelo. — não sei como crie uma criança tão dramática, vou lhe responder mas Carlo intervém.

— Está na hora do almoço, não é hora para brincar, depois você pode ir — diz e fico encantada com a suavidade em sua voz, Lorenzo balança a cabeça que sim.

— Como foi na escola — Pergunto.

— Bem legal, eu estudei um monte com o Ângelo — Esses aí vão longe.

— tudo bem, agora vão lavar as mãos. — digo e Sofia corre pro banheiro junto com Lorenzo, olho para Carlo — achei que Paolo traria as crianças — digo.

— Consegui resolver uns assuntos a tempo do almoço, dispensei Paolo e fui pegá-los — diz se aproximando de mim — no mas eu queria ver como você estava.

— bem. — digo sorrindo. — Tem uma coisa que gostaria de lhe pedir. — falo me lembrando de Oli.

— peça! — Carlo diz simplesmente.

— Eu queria trazer a Olívia, minha melhor amiga, pra Sicília — digo, Carlo fica tenso mas logo disfarça.

— por qual motivo? — pergunta ele.

— ela está se sentindo sozinha lá na em régio, nós eramos a única família que ela tinha, depois que viemos ela tá solitária. — Carlo respira fundo e me olha.

— Eu não confio nela, se você quiser pode trazer ela, mas ela não vai ficar aqui em casa. — diz é eu arqueio as sobrancelhas.

— Oli e praticamente da família, não tem por que não confiar nela. Se estiver achando que ela vai repassar informações, está enganado, Oli não e esse tipo de pessoa. — Agora estou ficando furiosa.

— esse é o problema, não sei que tipo de pessoa ela e — Pontua ele. — Ela fica no meu apartamento. — Diz.

— E longe daqui? — não faz sentido ela vir por que está se sentindo sozinha e ficar longe de nós.

— A vinte minutos. Não tem negociação, se ela vier e sobre essa condição. — Aceno.

— Tá legal, vou ligar pra ela e pedir que venha o mais rápido possível. — Digo abrindo um sorriso.

— sua segurança não entra no jogo ok?

— Obrigada —

Disfarço o incomodo e vou para a cozinha.
Não demora muito as crianças aparecem.
A refeição e feita em meio as birras de Sofia e a impaciência de Lorenzo.
Ele mal acaba o prato e corre para a casa de bárbara.

— Alguém estava com presa não e mesmo?

Carlo está sorrindo quando se levanta e caminha até a sala.

— tenho uma ligação importante agora, vejo você depois — Diz indo para seu escritório.

Sofia está com sono, basta olhar em seus olhos e já vejo.

— Vamos dormir picolla — Falo me levantando.

Subo com ela em meus braços. Quando chego a porta de seu quarto ela já dorme.
A ponho na cama e tiro seu uniforme do ballet, visto uma roupa confortável nela, ajusto o ar condicionado e saio do quarto.
Quando já estou no meu pego meu telefone é ligo para olivia.

— Emma! — fala assim que atendo.

— Tenho novidades — Sorrio — Carlo deixou que viesse — estou tão feliz.

— Sério? — Fala incrédula — Quando eu posso ir —

— quando você pode?

—Iria Amanhã mesmo, estou com muitas saudades. — Eu também, já dividimos tanto, Olivia já me viu nos piores momentos e está sempre aqui para mim. — Mas vou daqui duas semanas, tenho algumas coisas para resolver antes de ir. — Faço um muxoxo

— Não tem problema, faça no seu tempo — Falo e mordo o canto do lábio apreensiva, Carlo não quer que ela fique aqui, e não gostei da ideia, mas ao mesmo tempo eu o entendo. — Carlo tem um apartamento a poucos minutos da qui, ele sugeriu que você ficasse lá — isso soa pior do que eu imaginei.

— Por quê?, Nossa achei que iria ficar com vocês. — é eu também. Sinto o descontentamento em sua voz, mas eu realmente não posso fazer nada

— Não sei o motivo, Carlo e meio paranóico, não leve a mal, mas ele não a conhece como eu. — sei que ela ficará chateada, mas logo vai conquistar a confiança de Carlo assim como eu.

— Se e assim tudo bem, daqui a duas semanas estarei aí. — Mal posso esperar.

Aguardarei ansiosa por essas duas semanas..


O Amor De Carlo, o Consigliere Onde histórias criam vida. Descubra agora