CAPÍTULO 05

95 10 1
                                    

Emma Romano

Acordo com som de batidas na porta, não preciso perguntar para saber quem é, espero alguns segundos é a porta se abre, um tufo de cabelos loiros passa arrastando um cobertor. Olho para Sofia que deita na cama é se aninha a mim, cheiro seus cabelos, um cheirinho gostoso de bebê.

— Bom dia piccolina, caiu da cama? —

— Não mama, eu tava com saudade. — Me responde com uma voz de dengo.

Passam-se alguns minutos é outra batida na porta, Lorenzo entra de pijama com o rosto inchado do sono é também se deita comigo, essa rotina se repete com frequência desde a morte de Andrea, eles vêm pra minha cama assim que acordam.

— Mama! — Fala o meu pequeno com a voz rouca. Acaricio seus cabelos é levanto, vou ao banheiro, levo meu tempo, tomo um banho é me preparo para o dia, visto um vestido de verão, Branco com estampas de pequenas flores azuis, calço uma sandália rasteirinha é vou acordar os meus pequenos.

— Lorenzo, Sofia, levantem vamos, precisam se arrumar para tomarmos café da manhã — Sofia é a primeira a pular da cama, Lorenzo vai em seguida, manhoso. Vou em direção ao quarto de Sofia, graças a Deus ela não usa mais fralda, a visto com macacão amarelo com estampas de ursinho é ponho uma meia em seus pés. — Desça é espere a mama, vou ver como Lorenzo está já, já descemos — Ela concorda é desce as escadas indo em direção a cozinha, chego ao quarto Lorenzo é ele já está pronto, só os cabelos que estão assanhados, ao contrário de Sofia, Lorenzo tem os meus cabelos e os meus olhos, Sofia é idêntica a Andrea, o que só serviu para ele implicar mais com meu pequeno, penteio seus cachos, com a mão esquerda, tive que aprender fazer tudo com a mão esquerda.

— Vamos Picolo, Sofia já está nos esperando — Descemos para a cozinha Sofia já está

Sentada na mesa conversando com Olivia.

—Bom dia, Olivia. — A comprimento.

— Bom dia senhora, Emma — No começo eu quis que ela parasse de me chamar de senhora, mas isso era uma exigência de Andrea eu não me opus,claro. — o café já está pronto — Fala entregando um copo com bico para Sofia com leite, sento me, tomo apenas um suco, é como um pedaço de melão, hoje é o tal jantar do capo, só em lembrar disso meu estômago embrulha, olho para Olívia que me encara.

—Não adianta sofrer por antecipação senhora Emma, terá outras mulheres no jantar, pelo que soube são três viúvas, é a senhora é a única que tem filhos, é também as outras já tem mais tempo de viuvez, a senhora não será escolhida tenha fé - olho para Olivia, Fé é a última coisa na qual eu me agarro, depois de seis anos casada com Andrea descobri que ter fé é tolice. Mas não vou soltar minha amargura em cima dela.

-Tem razão, Oli.

*****

Á tarde veio uma cabeleireira a mando de Antônio, eles não gostam dos meus cachos, eu não me importo, não mais.
Quando da a hora começo a me arrumar, escolhi um vestido salmão, com decotes nas costas e frente, é uma fenda que vai até acima do meu joelho, calço um salto doze centímetros e desço, Antônio já está me esperando.

— Nada mal, Emma. Sem aquela cabeleira toda você fica apresentável. — Olho para Antônio e abaixo a cabeça, ele entende como um sim e seguimos para o seu carro, a viagem até a mansão Giancarlo é feita em silêncio, quando ele estaciona eu seguro o trinco da sua Mercedes para descer ele me para.

— Se comporte Emma, Colombo pode te escolher só para fazê-la sofrer, ele tem fama de ser o diabo — Aceno para ele e desço, mas ele sabe que o verdadeiro diabo está morto.

Seguimos e adentramos a mansão, sigo de cabeça baixa é Antônio sussurra.

— Ele está ali, espero que ele te escolha e me livre do fardo que é ter você na família— levanto a cabeça e o vejo, Alto, cabelos pretos e olhos verdes, ele está com um terno elegante é uma gravata azul, seus olhos encontram os meus é eu rapidamente os abaixo é sigo em direção às outras duas mulheres. Eu as conheço Alessia e Eleonora, também são viúvas.

— Senhoras! - Falo com as duas, Alessia está olhando diretamente para minha mão direita.

— Eu sinto muito Emma, de verdade por tudo — Quem ouvisse as palavras dela acharia que ela está falando da morte de meu marido, mas não é, todos sabem o que eu passei nas mãos de Andrea.

— Obrigado! — sorrio para ela é vamos para a sala de jantar, sinto olhares em mim mas não levanto a cabeça para saber quem é.
Me acomodo na mesa é olho para o senhor Colombo, o olhar que ele me dá faz meu estômago revirar. Se Deus ainda olha por mim eu peço que não permita que ele me escolha, eu não conseguirei viver sem meus filhos.

O Amor De Carlo, o Consigliere Onde histórias criam vida. Descubra agora