Tempo perdido

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Dorothy

Estava no lago do condomínio, sozinha, tentando pensar como tudo começou.

Dorothy: Vovó Lina, eu não aguento mais, me tira daqui vó, eu quero ir morar com a senhora, não quero mais ficar em casa, tô me sentindo uma estranha lá, mas foi minha culpa.

O vento batia forte sobre meus cabelos, o silêncio tomava conta do lugar.

Dorothy: Eu sou uma puta.

Bárbara: Eu não diria isto - uma menina se senta ao me lado falando.

Dorothy: Minha mãe adotiva disse, e talvez ela tenha razão.

Bárbara: Certo...vou fingir que não lhe conheço Dorothy, vamos começar isso direto! Muito prazer, Bárbara! - ela estende sua mão

Dorothy: Prazer, Dorothy.

Bárbara: Eu deveria perguntar por que você tá chorando?

Dorothy: Minha casa tá um caos, minha mãe Sn, acho que ela me odeia..

Bárbara: Vocês pareciam ser tão unidas

Dorothy: Éramos, mas esses últimos dias, não sei se posso falar sobre isso.

Bárbara: Ela quem te bateu?

Dorothy: Não, eu fui assaltada - eu solto uma risada nasal - e tentei reagir...

Bárbara: Dios mio, eu...eu nem sei o que dizer.

Dorothy: Relaxa, já tô toda fudida mesmo.

Bárbara: Vou te contar um segredo - ela se aproxima mais de mim - Você é o sonho de qualquer pessoa lá no Brasil, todo mundo sonha em se relacionar com você.

Dorothy: Nem imaginava isso, eu já visitei o Brasil algumas vezes, mas só quando criança.

Bárbara: Lá é incrível, ainda tô meio mal por ter largado todas minhas amizades pra trás.

Dorothy: Bom, mas agora você já tem uma nova amiga! Eu - falo colando um sorriso simpático no rosto.

Bárbara: Obrigada - ela retribui o sorriso.

Dorothy: Posso te fazer uma pergunta?

Bárbara: Claro.

Dorothy: Por que você veio falar comigo.

Bárbara: É que na verdade, você tá sentada em cima do meu pano, não que eu me importe, só fiquei curiosa.

Dorothy: Ah, desculpa, eu mal percebi.

Bárbara: Tudo certo, não precisa pedir desculpas.

(...)

Dom: Agrr o dinossauro do mal vai te peglar - meu irmão falava imitando um dinossauro

Dorothy: Ahh, socorro - eu corria do mesmo no meu quarto.

Dom: Não adlianta coler, eu sou mais rápido que o flash!

Dorothy: Que dinossauro convencido, mas mal sabe ele, que eu sou o monstro da cosquinha.

Eu falo pegando o mesmo e fazendo cosquinha

Dom: Aí, pala - ele fala soltando gargalhadas.

Mas batidas na porta nos interrompe.

Dorothy: Pode entrar.

Sn: A gente precisa conversar Dorothy - ela fala coçando a garganta.

Dorothy: Ah, certo, maninho, pode sair, é rapidinho.

Luz, Câmera, Ação - Jenna Ortega Onde histórias criam vida. Descubra agora