JOEL MILLER ANGST! x (menção a SOFT JAVIER PEÑA)
Os dois copos diferentes sobre a luz amarelada na varanda, carregando a mensagem subliminar, vocês não eram mais os mesmos. O vento quente batendo em seu rosto, as lagrimas sendo seguradas enquanto sua visão está embaçada.
Vinho tinto para você, whisky Tennessee para Joel. Seu batom bordô manchando o vidro da taça, a marca dos dedos dele impressos em seu copo, como outrora foi em sua pele, não mais que 48 horas atrás. Era seu fim.
"Que seus dedos calejados um dia possam tocar algo belo e triste disso."
Joel já fazia a dias, sua melodia angustiante agora tinha um motivo. Vocês tiveram uma historia, sob linhas tortas e tempos tênues, houve uma rotina. Agora era apenas o fim. Ele tinha aquele sorriso triste que partia sem coração, especialmente por ter parte nele; apenas para se lembrar da própria dor te mastigando e cuspindo, onde ele tinha o dele, você sangrava mais.
- É isso sweetheart.
O apelido soou amargo em seus ouvidos, querendo gritar: "não me chame de querida!"
- Te levo até seu carro.
Joel se virou rápido demais, você também, sua taça pela metade se chocando contra o peito dele, o liquido carmesim manchando a camisa branca; seus dedos correndo para a mancha, suas lagrimas descendo junto o soluço preso na garganta, não estava aliviando.
Ele tentou te pegar, envolver seu corpo com seu próprio calor, você recuou, rejeitando assim como ele fez com você.
Era como jogar sal na ferida: "você merece alguém que queira fazer uma família.
Aquelas palavras, doce veneno correndo da sua boca, tirando seu chão, te envolvendo em algum tipo de escuridão.
Existiu algum sinal que você não notou? alguma unha roída que você escolheu ignorar?
- Não!
Sua voz embargada, presa como o nó em seu peito.
- Baby, por favor.
Você olhou ainda afastada, incapaz de aceitar sua mão, a oferta de piedade, nem uma grama do seu amor, apenas pena, pena, pena.
- Não!
batendo com a taça no guarda-corpo da varanda, saindo com passos pesados para a rua seu carro a alguns passos, finalmente cedendo aos tremores quando sua mão envolveu o volante. Um grito sendo abafado pela buzina enquanto a rodovia escura se estendia a sua frente.
A dor é sua maior companheira enquanto os dias passam. Tudo é meio cinza e triste, mesmo as pequenas coisas que te faziam sorrir não são mais suficientes, você não pode dizer se é pelo término, ou as palavras que ainda gritam em sua mente.
Ele não queria casar com você.
Você não era boa o suficiente para Joel Miller.
Você não era o que ele queria.Algumas semanas se passam até que você possa escutar sua gargalhada sincera novamente. Veio depois de uma piada que uma amiga contou. Você volta a sair, passeios e jantares com amigos. Mas aquele peso das palavras ditas continua assombrando seus momentos. Você não o vê. Espera que não precise mais fazê-lo.
Joel Miller é simples, ele gostava de tocar violão na varanda, café puro, os jogos dos Lakers. Então ele viu você, tão agridoce, complicada, cheia com as vozes de seus pais enchendo sua cabecinha. Ele quis te proteger, e fez, você pediu para ele ficar, e ele ficou. Mas quando você o pediu em casamento, quebrando todos os padrões que ele conhecia, foi assustador.
Você o levou para galerias de arte, museus que gostava, concertos das suas bandas favoritas, você o embebedou com whiskey do bom, bebeu seu Merlot com ele em frente a uma lareira acesa no meio do outono em um chalé nas montanhas.
Você o amou, e ele fez isso por você.Sua voz aveludada, lábios doces com gosto de álcool caro.
Aquela noite quando você chorou no peito dele depois de horas de trabalho.
Você estava brilhando em sua jornada, se conhecendo, casar com ele não poderia ser a coisa certa. Ele queria uma casa simples, um quintal e uma varanda baixa, cercado branco, um balanço para as crianças. Você sonhava com um apartamento com vistas plena em Nova York.O Texas era pequeno para sua grandiosidade, ele só te puxava para algo que não era o que você queria. Joel não era bom para você, ele havia decidido aquilo.
Então porque doía tanto?Um buraco no peito incapaz de ser preenchido. A solidão abraçando seus músculos nas noites escuras.
Joel te via com um homem mais jovem que ele, os braços dele abraçando sua cintura, sussurrando em seu ouvido te fazendo rir de alguma piada estúpida, ele estava enciumado. mais que isso, ele se sentia culpado, afinal a culpa de tudo era dele. Fazia cinco anos que vocês tinham terminado, ele tinha terminado com você, tudo porque ele não podia se casar com você. a memória ainda vivida demais. Todas aquelas noites em que desejou voltar no tempo é não deixar você ir embora, todas as vezes que mudou a rota, não foi naquele supermercado quando sabia que você estava na cidade, para não te ver e jogar tudo para o alto, gritar, implorara para que você voltasse para ele. Agora, ele sabia que não poderia fazer nada, apenas assistir sua vida seguindo em frente, todos os planos que você compartilhou com ele, esperando que fosse ele ao seu lado, agora era outro.
Você sentia os olhos de Joel queimando lentamente sobre sua figura, Javier fez piadas sobre isso, você riu, mesmo sentindo seu coração apertar. Era errado querer correr para seu ex namorado, anos depois dele ter te rejeitado? Javier era tão bom para você, te fazia tão bem, mesmo que nunca tenha capturado seu coração como outrora Joel fez. Ele te seguia onde quer que você fosse, ele beijou suas feridas e prometeu não deixá-las sangrarem de novo, javi viu o sol se por e nascer ao seu lado, você ouviu suas divagações sobre melhorar o mundo, você o abraçou em meio aos pesadelos. Não! você não podia voltar para aquele que te deixou sangrando no gramado, com o coração partido.
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Pedro Pascal | one-shot
Fanficcoletânea de contos, universos alternativos, drabbles e HC's de Pedro Pascal e seus personagens Por favor não leia se for menor de idade. Este homem tem moradia na minha mente desde que fez Oberyn Martell, mas nós últimos ele está ocupando todos os...