𝐚𝐬𝐡𝐞𝐬 𝐟𝐫𝐨𝐦 𝐭𝐡𝐞 𝐬𝐭𝐨𝐫𝐦

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  n/a: olá, faz tempo que não escrevo algo tão rapido, e acho que isso se dá a falta de tempo, enfim, aqui está algo totalmente angustiante para quem tem mommy isues, algo no qual eu tenho especialidade infelizmente. menção a violencia, mãe controladora, relacionamento abusivo, Pedro sendo muito fofo e perfeito, age gap. me desculpem se faltou algo. boa leitura;')

NÃO REVISADO

Sentados em Coney Island, com aquelas perucas e chapéus ridículos apenas para não serem pegos por fãs desesperadas e jornalistas intrometidos, sua vida podia facilmente ser calma, se você não tivesse sido empurrada para a ponte da fama quando era uma criança, por vontade da sua mãe controladora, e se seu amor, seu namorado fosse um cara qualquer, não um homem mais velho e com uma fama igualmente perturbadora- não para ele, mas para você um caos terrivelmente odiado.-

maldição, o caos te perseguia, não ele vivia em você, e todo aquele sonho cor-de-rosa, uma casa com uma varanda no quintal, duas crianças brincando nos sábados ensolarados em seu jardim, sua vida nunca seria assim.

Você se viu observando os navios se afastarem, desejando poder estar indo para longe como eles, algumas poucas famílias, invejando sua liberdade, tudo enquanto usava um óculos de sol enorme e ridículo que mantinha parte do seu rosto escondido.

Pedro passou a mão por seu braço, puxando seus pensamentos de volta para a realidade. não era como você queria.

"Um beijo por seus pensamentos."

você negou, se aconchegando ainda mais no corpo dele, sendo abraçada pelo calor e conforto que tanto amava. Pedro acariciou seu rosto, pousando os dedos no seu queixo fazendo sua cabeça se levantar para olhá-lo.

"Não vão nos pegar, eu prometo."

você assentiu. se deixando ser beijada, as mãos subindo para a nuca dele, puxando sem-querer a peruca que estava frouxa, revelando seus cachos bagunçados para a briza fria de coney. a próxima coisa além dos lábios dele que você registra são flashes iluminando seu rosto.

Sua mãe está a centímetros de você, sua mão em volta da sua garganta, os olhos transbordando ódio enquanto grita com você, palavras que deveriam cortar, mas inesperadamente não o fazem, você está tão anestesiada de toda a raiva dela, e todo seu drama. As lágrimas existem, mas é pela violência pela qual ela está te tratando, não é como se fosse normal, ela te bateu, e agora está se asfixiando. e tudo porque você se recusou a terminar seu relacionamento com Pedro, relacionamento esse que ela julga ser péssimo para ela.

Ela, ela e ela. sua ficha caiu a anos atrás, mas agora arranha sobre sua pele com escárnio. toda sua vida foi planejada para agradar a mulher que te gerou, nada realmente foi por você ou para você. Quando ela finalmente se afasta, seu primeiro impulso é dar um passo para trás, mas a coragem te inunda.

"Esta é minha vida, eu vou continuar com ele, até que eu não queira mais, não porque você julga ser ruim."

"eu não quero isso!"

você suspira, dando um passo para frente, segurando as lágrimas que insistem em tentar descer.

"e o que eu quero? essa é a porra da minha vida!"

ela sai, você escuta a porta da frente da sua casa sendo batida com força, o barulho do carro dela-comprado com seu dinheiro- se afastando. você finalmente se deixa cair no chão, chorando tudo que pode.

Pedro aparece na sua casa mais tarde naquela madrugada, ele cuidou de tudo, mandando um chaveiro para trocar todas as fechaduras, entrando em contato com o próprio agente e advogado para manter ela longe de vocês, longe de você; quando ele finalmente pode se sentar do seu lado, você já não tinha mais lágrimas e tudo que queria era ficar em silêncio, ou gritar o quanto estava magoada com ela, a linha entre as duas coisas era muito tênue e te deixava confusa. Pedro te abraçou, fez cafuné, te preparou um chá e te colocou na cama.

Você não dormiu, ficou observando Pedro, sua respiração calma e lenta, seus olhos te observando com a mesma intensidade que você fazia.

"você quer conversar?"

sim?

não?

você não sabia.

"Não precisa se não quiser Honeybee, mas se quiser eu vou ouvir cada palavra."

você baixou os olhos, fixando os em outras partes de pedro, seus lábios, seu peito, aquele amontoado de cabelos que descia por sua barriga, ele todo. exceto seus olhos, você não queria encarar seu medo naquele momento, perder mais alguém, era claro que ele não iria embora, mas sua mente te sabotava insistindo em pensamentos de "até quando ele ficará?"

"Você tem muitas coisas nessa cabecinha, menina bonita."

"uhum..."

"coisas ruins, mas também tem coisas boas."

lágrimas grossas se acumularam nos seus olhos, você podia sentir a queimação por segurá-las.

"Fale comigo, cariño. me diga."

você puxou o ar com força, perdendo o leve controle que você tinha sobre o choro. um soluço se misturando com o som das suas respirações.

'' você vai me deixar?"

ele não podia acreditar na sua pergunta, afinal para Pedro seus sentimentos sempre foram absurdamente óbvios e claros, sem margem para qualquer duvida, ele te amava, te adorava, manteve tudo em segredo para te proteger e assumiu que se alguém fosse embora esse seria você por ele não poder te dar o que você queria. mas vocês lidaram com isso, lentamente e juntos caminhando e passando de cada obstáculo. agora como públicos para o mundo viria provavelmente o mais difícil, mas visto tudo que vocês já haviam vivido isso não seria nada.

Ele se aproximou um pouco, afastando uma mecha de seu cabelo para trás da orelha antes de juntar seus lábios, um beijo, calmo, casto, apaixonado.

'' Pedro."

Você gemeu baixo, empurrando seu corpo contra o dele, buscando por mais da pele dele e de seu toque.

'' Eu amo você, e jamais te deixaria."

Pedro Pascal | one-shotOnde histórias criam vida. Descubra agora