. . . . . ╰──╮ 41. Ayana╭──╯. . . . .

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Eu me importo com você, eu converso com você
Em meus mais profundos sonhos, eu sou sortuda
Nós temos uma amizade, ninguém pode contestar isso
E aliás, eu te respeito com todo o meu ser
Mapei - Don't Wait

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"E é assim que conhecemos as pessoas que têm valor nas nossas vidas, no momento em que estamos mais no fundo, a mão que te segurar será sem dúvidas a mão que valerá a pena não soltar mais" (Diário de Ayana)

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Não vi a hora que Kai saiu do quarto, mas acordei quando ele voltou. Minha cabeça estava explodindo e meu estômago continuava revirado.

Ele se deitou com cuidado na cama e se manteve distante. Talvez eu ainda estivesse sob o efeito do álcool, mas não tive medo nenhum de me aproximar dele e o abraçar. Talvez ele não estivesse esperando por isso, mas eu queria senti-lo, mesmo que fosse só um pouco, mesmo sabendo que ele poderia simplesmente me afastar.

– Eu amo o seu cheiro – sussurrei – Eu sinto muito por tudo e obrigada.

Ele ficou em silêncio um tempo, mas no fim acabou envolvendo meu corpo em seus braços e beijou meu cabelo.

– Não se ponha mais em riscos desnecessários, por favor – ele sussurrou – não quero te perder.

Eu apenas acenei. Minha cabeça seguia confusa e ter o calor do seu corpo foi o suficiente para me fazer voltar a dormir rapidamente.

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Na manhã seguinte acordei extremamente envergonhada e agradeci por não ver Kai do meu lado. Ele provavelmente havia saído cedo para se preparar para a apresentação dele. Me arrumei rapidamente e fui em direção a porta. Quando a abri dei de cara com Kai, Aylin e Yugo conversando.

Todos se viraram na minha direção quando eu parei repentinamente. Olhei rapidamente para Aylin e Yugo e senti o rosto ficando extremamente vermelho. Abaixei a cabeça torcendo para que o chão me engolisse.

– Eu... sinto muito – gaguejei ao lembrar do como eu os tinha visto na noite anterior.

Tentei voltar para o quarto, queria loucamente fugir dali, mas Kai me puxou de volta. Yugo riu alto com a minha reação, o que me fez ficar com ainda mais vergonha.

– Ah, não – Kai falou ao me levar para o mesmo lugar – agora você aguenta as consequências.

– Eu não queria ter visto nada, eu sinto muito – falei atropelando as palavras, sentindo ainda mais vergonha.

– E o que você viu? – Kai perguntou apertando os olhos e meu rosto continuou esquentando, se é que isso era possível.

– Você não vai querer saber – Yugo deu de ombros.

– Vocês poderiam usar um quarto de vez em quando, só para variar um pouco, não é? – Kai falou, mas não parecia bravo.

– Quartos não têm graça – Aylin falou parecendo se divertir também – mas relaxa, Ayana. Eu te perdoo se você conseguir alguma coisa para fumar. Meu corpo está gritando por nicotina com urgência.

Dois mundosOnde histórias criam vida. Descubra agora