Cobaia 52

Capítulo- 07

Dylan Damon abriu a porta do apartamento, entrou e passou o ferrolho depois que acendeu a luz. Atravessou a sala, serviu-se de uma bebida e afundou no sofá. Perdido em pensamentos ele bebeu todo o liquido da garrafa e adormeceu.

Enquanto dormia os pesadelos vieram assombrá-lo e tudo o que ele via era o rosto de Mary Ann pedindo socorro.

Dylan levantou abruptamente e sentou no sofá com a roupa encharcada de suor.

***

O sol tímido nascia no Central Park lançando raios alaranjados, encontrando uma aglomeração de pessoas fazendo exercícios matinais. Trajando short e camiseta de manga longa, Alexa corria acompanhando um grupo guiado por um instrutor de academia.

Depois de uns seiscentos metros ela saiu da trilha larga e entrou em uma trilha mais estreita e sombreada. Correu velozmente, depois se sentou próximo ao lago e ficou observando as pessoas dando comida aos patos.

Alguém sentou ao seu lado. O homem estava suando e arfava.

— Você continua me seguindo — Alexa falou sem se virar na direção dele.

— Parece que sim — Dylan respondeu respirando fundo para tomar fôlego.

Houve um breve silêncio, em seguida Alexa perguntou:

— Por que na primeira vez você não me abordou como um cavalheiro?

— Eu tentei conversar com você no bar, lembra?

— Por que queria que eu entrasse naquele carro?

— Achei que não quisesse ser vista conversando em um local público.

Ela se virou para Dylan e disse:

— Quero deixar uma coisa bem clara: eu não confio em você.

— Já deu para perceber.

— Até agora eu não tinha nada; nenhuma pista. Se o que você diz é verdade, já tenho algo para investigar. Mas se pisar na bola comigo, vai se arrepender.

— Eu sou a única possibilidade de você descobrir o paradeiro do seu filho — Dylan falou enfatizando cada palavra.

— Olha, assim que eu conseguir encontrar o meu filho, vou desmascarar a família Ercolani. Antes eu pensava que permanecer escondida era a solução, mas isso não é viver. Além do mais, não posso deixar que continuem sacrificando pessoas. Tenho que fazer algo a respeito.

Dylan fixou nela o olhar cinzento, mas não a interrompeu.

— Preciso conseguir alguma coisa contra eles, ter uma carta na manga — Alexa respirou profundamente.

Novamente o silêncio reinou. Parecia não haver mais nada para falar. Então Dylan disse antes de se levantar do banco:

— Estou te esperando do outro lado da rua. Quero te mostrar uma coisa. Vá até o SUV branco.

— Para começar: nunca me dê ordens, entendeu? — Alexa falou com rispidez.

— Entendi — ele deu um sorriso e se afastou.

***

Alexa estava na calçada na frente do Central Park e avistou o SUV branco. Atravessou a rua e entrou no carro. Dylan deu a partida tão logo ela fechou a porta.