Azul, Branco e Francos - FreenBecky.

Herdeiro.

* OI!! me perdoem pela demora.
Aqui está tudo extremamente corrido, eu escrevi esse capítulo que é o mais leve.
Esse será o capítulo mais curto no decorrer da história, por enquanto esse ódio delas não tem fundamento mas terá!

* Espero que entendam também que eu não estou querendo colocar elas em uma posição no qual uma faz o papel do homem ou algo assim! É uma história que se passa em um século no qual tudo gira em torno da figura masculina, isso é o que a sociedade impõe.
Vai mudar? Você vai ter que ler pra fazer suas suposições.

veja o crescimento com seus próprios olhos.

* Sejam legais e não desistam de mim!! Vou att, sempre que possível. Os capítulos dessa história são enormes e eles variam entre 6000 a 5000 palavras.

É isso.
Boa leitura

Eu só tive tempo de corrigir uma vez, logo qualquer erro será arrumado.

Capítulo III
Acordo fracassado.

...
   SEU CORPO era banhado com as águas cristalinas do pequeno lago. Seu corpo livre de qualquer vergonha, as gotículas de água solitárias corriam por sua pele, encontrando caminhos distintos. Os músculos rígidos, o suficiente para aguentar o peso do mundo, suas costas ardiam e estava tomada de um vermelho não muito intenso. O cabelo loiro tapava parte de seus seios. Após o tombo que levou ao tentar domar um alazão não muito amigável, lá estava Samanun, banhando-se no lago enquanto tentava se livrar dos resquícios de lama e grama. O tombo foi certeiro, conseguiu proteger a cabeça mas suas costas serviram como um amortecedor e agora estava pagando com a ardência e algumas possíveis sequelas.

Já tinha se esquecido de como era boa a sensação de tomar banho no lago. Se mergulhasse iria poder enxergar alguns pequenos peixinhos que ali viviam, mas exitou, afinal, não queria voltar encharcada para o palácio. Fazia dois dias que sequer deparou-se com Rebecca pelos corredores, elas estavam em alas diferentes e aquilo foi decretado sem uma conversa entre ambas as partes.

Samanun não ousava atravessar e Rebecca tampouco o faria. Elas passariam o período de núpcias daquela forma, evitando uma a outra da mesma forma que os vampiros evitam a luz. E bom, não era de certa forma ruim ou uma espécie de pesadelo.

A Inglesa tocou o próprio rosto instintivamente lembrando-se do tapa que levou. Não notou que tinha passado dos limites quando ofendeu a honra da Francesa, ficou irritada no começo mas quando chegou em seus aposentos se deu conta que foi merecido. Perdeu o controle das próprias ações, queria machucar Rebecca de alguma forma, queria fazer ela se sentir a pior pessoa do mundo por colocá-las naquela situação. Sempre tão imatura, notou depois que não era culpa da outra e sim de seus pais. Cogitou pedir desculpas, quando chegou no cenário onde tudo aconteceu recuou. Seu ego era enorme demais para se desculpar mesmo sabendo que estava errada, mesmo sabendo que deveria ter se responsabilizado por suas atitudes de criança. Era difícil para Samanun aceitar aquela situação, era como se o seu quarto escuro no fim do corredor no qual era presa quando mais nova tivesse virado uma pessoa.

Estava presa naquele casamento. Rebecca era bonita, aparentava ser doce e tão delicada quanto uma pétala que cai solitariamente.

Olhando para a água cristalina pode enxergar o próprio reflexo. Respirando profundamente, a herdeira desviou os olhos da própria aparência, odiava ser diferente. Não sabia quem ela era além dos contos que lhe contavam, possuía partes de um homem e era uma mulher. Mas não é bem assim que o papa e seu pai queriam, ela na maior parte do tempo foi criada como um rapaz e isso não mudou depois da descoberta. Apesar de ser mulher, por ter nascido daquela forma, era obrigada a ter a educação de um homem. Fazendo ela ignorar uma parte de si, fazendo ignorar sua feminilidade. Não existiam duas mulheres se uma não ficasse com a parte da masculinidade, assim disse o Papa para ela. Alguém iria ter que cuidar dos bebês e a outra cuidar da política, esse era o dever de Samanun, mesmo que significasse negar a si mesma.