Azul, Branco e Francos - FreenBecky.

Nostalgia.

Oi??? Saudades?
Desculpa a demora gnt minha agenda tá uma confusão 😭
* NÃO ESQUECAM DE VOTAR E COMENTAR (EU AMO LER OS COMENTÁRIOS)
Vou arrumar um horário e um dia pra sempre atualiza e não demorar tanto.

Beijos, boa leitura do ponto de vista da Rebecca

A nostalgia.

Capítulo narrado por Rebecca Armstrong Reine II

...

   EU ACORDEI naquela manhã com um péssimo pressentimento. Com a ajuda das minhas damas eu fiquei pronta a tempo de tomar café da manhã, dessa vez na ponta da mesa que costuma ser o lugar de minha esposa que estava vazio. Recebi um envelope a algumas noites atrás com um aviso dela, avisando que viajaria para alguns condados e voltaria brevemente em alguns dias. O palácio estava vazio, então todas as manhãs eu tomava banho, colocava um belo vestido, tomava chá, era servida, lia livros e ficava entediada. Às vezes, ao passar por um espelho eu fitava minha barriga na esperança de que logo iria carregar o nosso herdeiro. Um franco-inglês. Os criados sempre deixavam o palácio brilhando, o banquete de todos os dias era sempre algo invejável e eu me perguntava para onde ia toda aquela comida.

Apesar de todo o luxo e as jóias que uso quando vejo os olhos de Samanun, sei que estamos condenadas a não conhecer o amor nunca. Ela já esteve com outras mulheres em seus aposentos, desfrutando de prazeres e privilégios. Quando meus dedos tocaram sua pele eu senti marcas, eu senti que poderia mergulhar em seu íntimo e talvez descobrir mais sobre minha própria esposa. Mas, depois do dia em que o quadro ficou pronto, ela passava por mim nos corredores e evitava meus olhos. É meu dever, mas eu me senti tão péssima, ela é assim e não se pode esperar muito. Ela anda com uma pose impecável como se pudesse ter o mundo nas mãos e ela tem.

— Majestade? — A voz me trouxe de volta a realidade.

— Ah, perdão. — Afastei os pensamentos. Pisquei duas vezes focando em Isaac, ele estava um pouco preocupado com meu estado.

Acho que estou parada na mesma posição a horas.

— Sua amiga acaba de chegar. — Ele diz. — Duquesa Jim.

O sorriso rasgou meu rosto.

Levantei-me da cadeira com pressa, deixando de lado o pires e a xícara de chá.

E então minutos depois a duquesa apareceu na porta com um lindo vestido cor-de-pêssego. Ela estava deslumbrante, seus cabelos em um coque tão delicado e bem feito que causava suspiros, ainda tinha o mesmo rosto jovem e alegre de sempre. Suas mãos cobertas por luvas que agora estavam em seus lábios, tentativa de conter a emoção. Jim e eu nos conhecemos de jovens, crescemos correndo no palácio de Versailles e nos escondendo debaixo das mesas nos bailes da alta sociedade. Eu a vi casar, infelizmente ela não viu o meu com Samanun pois aconteceu tão rápido que não consegui enviar o convite ou tive muita opção de escolhas. Também não tive muita oportunidade de conhecer seus filhos, ela é casada com um duque francês e seu condado era um pouco distante do palácio.

É ótimo rever um rosto amigo.

— Majestad..— Quando ela ia fazer uma reverência eu rapidamente envolvi minha amiga em um abraço singelo, carregado de saudade. Rapidamente senti seu afago em minhas costas e pude respirar aliviada, eu conheço bem minha amiga. — Você está deslumbrante, eu senti sua falta. — Ela sussurra pra mim.

Tudo que consigo fazer é fechar os olhos.

Tê-la aqui é como estar na França novamente. Apesar de ser imperatriz, não possuo o direito de sair do castelo e ir para o território sem minha esposa. É ela que cuida dos deveres políticos e da economia, eu só poderia viajar caso Samanun me levasse e isso é ridículo. Me recuso a ter a permissão dela pra voltar para minha terra natal, mas infelizmente é assim que funciona. Ela é a rainha. E eu duvido que ela me deixe voltar com medo de uma possível fuga minha, confesso que já estive cogitando.