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Oi gente!
Nesse capítulo vamos aprofundar um pouco mais sobre o passado da nossa querida Inglesa.Quero agradecer a vocês pelo carinho com a história, pela paciência e também acredito que alguns de vocês falaram da história por aí!
Obrigada por isso, estou ficando surpresa com a quantidade de pessoas que estão conhecendo azul, branco e francos.⚠️ não esqueçam de votar.
Boa leitura!
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Ponto de vista de Samanun Anuntrakul Tudor I.
Com apenas 14 anos de idade comecei a pagar pelos meus pecados.
Entretanto, eu não me lembrava de ter cometido nenhum.— Quem você acha que é? — O homem esbravejava com uma garrafa de álcool nas mãos, suas jóias brilhavam a ponto de machucar meus olhos que já estavam a semanas sem ver a luz do dia. — Me diga! Quem é você?
Fiquei apavorada com a maneira na qual ele estava se portando, faziam apenas algumas horas desde que um dos religiosos entrou na parte mais escura do castelo; isso me resultou em marcas de corda nos pulsos e nos pés, enquanto meu corpo ainda estava com algumas marcas vermelha e ardentes da água quente que jogaram em meu busto. Lembro-me como se tivesse acontecido a apenas alguns segundos atrás, enquanto eu gemia em dor eles rezavam para Deus. Todavia, comecei a me questionar se Deus ouviria suas presses — ou ouviria as minhas, clamando silenciosamente para que me mandasse novamente para o lugar de onde eu vim — mas no final tudo que eu consegui escutar foi as palavras maldosas deferidas contra minha existência.
Eu não frequentava a ala principalmente, também não participava das festas ou ia para os jantares quando os nobres se reuniam. Meu pai fez questão de que eu não precisasse sair do escuro, serviam minhas refeições, banhavam-me em uma pequena banheira que eu só ia quando algum guarda aparecia e me levava para que eu não fugisse, minhas roupas eram maltrapilhos. Algumas vezes, quando a tempestade ficava insuportável e as paredes do quarto ficavam úmidas demais, eles me permitiam sair e ficar em uma parte daquela ala que tinha uma lareira, eram esses os momentos em que eu era extremamente grata pelo mínimo.
— Ninguém. — Eu disse com a voz trêmula.
Quem era eu? Não sabia como responder, mas certamente fraca o suficiente para lutar com um homem que estava aparentemente fora de si.
— Uma aberração. — Ele riu sem um pingo de humor na risada. — Minha única herdeira é uma aberração. — Ele me olhou com certo desgosto ou talvez fosse nojo.
— Me desculpe, pai.
— Cale-se! Até mesmo sua voz me irrita. — Ele se aproximou tomando meu queixo em um aperto desconfortável, doloroso e seus dedos afundavam em minha pele sem nenhum pingo de piedade. — Seu tratamento está surtindo efeito?Seu hálito alcoólico batia contra meu rosto, era agoniante e eu conseguia ouvir meu coração bater em meus ouvidos. Eu queria não ter sentido meus olhos arderem e a vontade de chorar me tomar por completo.
— Não. — Ele respondeu por mim.
Largando meu maxilar e se afastando em direção a porta velha, está que costumava me avisar quando alguém tentava entrar no meu quarto à noite.
— Desculpe.
— Sua mãe falhou. — Ele disse baixo, mas o silêncio permitia que eu ouvisse com clareza. — Ela deve estar se revirando no túmulo por ter colocado uma aberração nesse mundo. — Ele segurou na maçaneta da porta. — Vista-se, preciso que você comece a frequentar algumas aulas com uma tutora de confiança.
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Azul, Branco e Francos - FreenBecky.
RomanceDentro dos muros de um castelo os segredos devem permanecer para evitar conflitos. Em uma noite de tempestade na pernumbra de um quarto frio e sem vida veio ao mundo o herdeiro da Inglaterra, infelizmente a rainha chegará a óbito logo após trazer o...