Estado.

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Eu ouvi que alguém ai pediu atualização de feriado?

Boa noiteeeee!

Saudades? Espero que muitas.. Eu também senti.

O capítulo teve uma única revisão.
não esqueçam de votar e comentar.

Boa leitura! Beijoss.












...
   Talvez fosse a forma como os pingos de chuva batiam fortemente nas vidraças, e com tamanha delicadeza deslizavam pelo vidro e formavam pequenas poças embaixo das janelas. Eu fechei os olhos fortemente inspirando o ar que parecia até mesmo amadeirado naquele cômodo: a sala do trono. O lugar mais rústico do palácio, aquele que deixava explícito todo o poder que uma simples tiara me concedia e o trono que era meu por direito.
Porque a realeza decide se você vai pro inferno ou vai para o céu, porque todos só comem se a realeza autorizar, e todos só tem liberdade até onde a realeza diz que deve ter. Nascida e herdeira do palácio de Versalhes, prometida da herdeira dos Ingleses e a responsável por trazer o primeiro Franco-Inglês ao mundo.

E eu sou o Estado.
Rebecca Armstrong Reine II.

Médico. — Eu sussurro baixinho, mas certamente foi o suficiente para o homem parado em minha frente me olhar. — Costumam dizer que mulheres grávidas não podem se estressar, pois faz mal para o bebê... — Levo minha mão até o meu ventre, que aliás, não estava amostra ainda. — Não é?

— Sim, vossa majestade. — Ele disse com a voz trêmula.
— Um homem tremendo ao falar com uma mulher? — Meu sorriso foi venenoso e eu tive a confirmação quando ele ajustou a postura. — Reparação histórica, não?

Eu olhei em direção ao homem robusto.

— Sabe... — Eu me sentei no trono sob o olhar do médico e cruzei às pernas. — Eu não costumo me estressar facilmente, mas toda vez que olho para você... — Fecho os olhos e aperto levemente o punho. — Se torna uma missão impossível.

— Majes..
— Silêncio! — Eu exclamei mais alto. — Ou eu terei que pedir que cortem a sua língua?
O homem se calou imediatamente.

— Ótimo. — Eu pousei meus olhos sob o secretário real de minha esposa. — E você..
— Perdão, vossa majestade...
— Eu não quero que você se desculpe. — Eu disse rudemente. — Mas como sou muito bondosa, deixarei que você escolha o seu destino.

O secretário me olhou como uma interrogação ambulante.

— Heng, você quer ir ao exílio ou para a forca? — Quando eu disse às duas opções o rosto do moreno foi se tornando cada vez mais pálido. — Hm? Diga, não tenho o dia todo.
— Majestade, eu imploro mais uma chance. — Ele caiu de joelhos assolado, olhando-me com os olhos marejados.

— Segunda chance? — Eu ri. Erguendo-me e caminhando em direção ao homem. — Heng, a realeza quer a perfeição... Se não conseguiu de primeira, sinto muito. — Eu inclinei-me em direção ao homem de joelhos, perto o suficiente para que ele ouvisse minhas próximas palavras. — A realeza não aceita menos do que isso, e os que não conseguem não irão ter espaço para andar pelo meu palácio.

— Alteza. — O secretário Insistiu, jogando-se no chão em direção aos meus pés. — Eu imploro.
— Você está me irritando, Heng.
— Eu imploro!
— Escolha entre o exílio e a forca.

— Isso é um afronte. — O médico disse. — Uma francesinha decidindo nossos destinos. — Ele disse amargo como um homem de ego ferido, ei, espere! ele é um homem de ego ferido.

Azul, Branco e Francos - FreenBecky.Onde histórias criam vida. Descubra agora