A ordem.

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Oi!!
Saudades? Bem-vindos. Votem na história.

Voltei pq vcs pediram mt 😭

Eu só revisei uma vez, certo? Certo.
Os erros vou corrigir depois, boa leitura.


A ordem.



Narrado por Rebecca Armstrong Reine II










...
   Eu estava odiando todos os vestidos. Parece que de repente eu acabei exagerando demais na dieta, talvez fosse aquele corset de ossos de baleias. Eu suspirei pesadamente deixando meu corpo cair como uma pedra sobre o sofá de acolchoado branco. Já era a décima caixa que eu abria naquela manhã, e, aparentemente meu número mudou do dia para a noite. Minha cabeça chegava a latejar, meus pés doíam e eu já não aguentava mais olhar no espelho em busca de um possível avantajado em meu abdômen, mas nada estava ali. Eu estava sozinha em meu quarto, escondendo-me de Samanun pois não fazia diferença minha presença naquele castelo, não fazia diferença minha presença em sua vida ou não.

Estranhamente faziam dois dias que eu não a via, ela sequer fazia suas refeições comigo ou talvez estivesse a dias trancafiada no próprio quarto.

Eu não me importo.

Quando Samanun achar que devemos ter filhos então teremos, quando Samanun achar que devemos jantar juntas então jantaremos, quando Samanun escolher sua roupa para o próximo baile eu devo estar a altura para que às cores combinem. É sempre assim, ela tem a palavra final e sua bonequinha de porcelana não pode opinar, apenas deve aceitar e sorrir. Eu odiava essa parte do casamento, eu odiava que por algum motivo chegaram a conclusão que eu deveria ser totalmente submissa a ela.

Mas nunca contaram que eu odeio ser submissa ou seguir ordens.

— Gostou desse roxo? — Uma dama pergunta, enquanto analisa o vestido com os olhos e checa a textura com a palma de suas mãos.

— Não... Pode ficar. — Mentira, eu amei ele! Mas, aparentemente estou engordando. Não me lembro de ter exagerado no brioche, ou bebido demais, ou... Apenas não lembro, mas também não medi esforços em comer todo tipo de prato francês quando fui para Versalhes. — Ficará lindo em você, Odessa.

Ela abre um sorriso de orelha à orelha.

Somos duas mulheres.
Mas não com direitos iguais.

— Essa jóia ficará perfeita em você, alteza. — Ouço Odessa dizer, mas apenas apoio o queixo sob minha mão.

É extremamente solitário.

O casamento na verdade é apenas uma espécie de contrato político, casamos, cessamos guerras e evitamos conflitos políticos mas o amor não se mescla nisso tudo. Estarei eternamente presa a Samanun, trair é forca, fugir é forca, absolutamente tudo que eu fizer para me livrar dessa angústia me leva até à morte. Entretanto, ela não parece se importar com o quão solitária ela me deixa, e o quanto ela me machuca fingindo que eu não existo... Quer dizer, começamos com o pé errado, mas aparentemente estávamos conseguindo superar às diferenças até ela decidir o momento para me empurrar para longe de novo e reconstruir seus muros novamente.

Azul, Branco e Francos - FreenBecky.Onde histórias criam vida. Descubra agora