Vis A Vis: Mi Libertad

Ótima companhia

Oiii gente! Tudo bem? Eu postei uns memes da fic no meu tiktok (@JeannieGeanie), em breve vou postar maisss 🥳

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POV S/n

Hoje tive tempo de sobra, então decidi arrumar e limpar as prateleiras do estoque, a sensação de ver tudo limpinho é muito satisfatória.

Engraçado que antes eu não tinha coragem nem de encostar num prato sujo, e agora, aproveito qualquer oportunidade de limpar ou manter algo limpo, é melhor do que a terapia da prisão.

Vejo as portas do elevador se abrindo, e gelo quando vejo o Valbuena.

Ele se encostou na parede e não falou nada, e eu apenas continuei fazendo meu serviço.

– Se quer saber, eu e o Fábio trocamos de oficina. A Miranda achou mais seguro eu ficar na cozinha. – Ele quebra o silêncio.

– Ah, entendi, seja bem vindo. – Faço indiferença, estava apenas sendo educada.

Continuei organizando as coisas nas prateleiras.

Fiquei um pouco incomodada com Valbuena, eu estava sentindo observada, e detesto quando ficam na minha cola, analisando tudo que faço.

– Olha, o Fábio não ficava aqui em cima, ele vinha às vezes conferir se estava tudo certo,  uma olhada na cozinha, depois voltava... Mas me deixava a vontade. – Dou um toque, calmamente.

Valbuena dá um riso, e cruza os braços.

– Tá me dizendo como devo fazer meu trabalho?!

– Claro que não, eu só pensei que você estava entediado. – Minto.

Ele não diz nada, apenas assentiu.

– Você tem algum problema comigo? – Ele questiona, aleatoriamente.

– N-não, por que? – Respondo, um pouco assustada.

Valbuena deu um riso e veio caminhando em minha direção, o que foi suficiente pra eu ficar tensa, mas tentei me mostrar calma.

– Pode falar, eu gosto de sinceridade, alguns feedbacks são necessários. – Ele diz, assim que chegou próximo a mim.

Eu não sei o que ele queria que eu respondesse, mas vou dar a resposta mais segura pra mim.

– Por que eu teria algum problema com você? Eu nem te conheço direito. – Respondo, calmamente.

– É, você não me conhece, mas logo no meu primeiro dia de volta, você joga um ovo bem na minha cabeça e faz eu faltar no trabalho. – Ele parecia nervoso, mesmo falando em um tom calmo.

– Me desculpa, eu não tive intenção de te prejudicar, as detentas me deram um ovo e eu pensei que era seu aniversário, só isso. – Respondo.

Sendo sincera eu estava com medo dele, mas não queria demonstrar isso, porquê ele iria questionar.

Valbuena parecia pensativo, estava me analisando muito.

– Tá. Eu acredito em você. – Ele diz. – Então já que não nos conhecemos, podemos começar a nos conhecer hoje, né? – Ele muda totalmente a expressão, agora com um sorriso.

Eu não sabia o que responder, falaria qualquer coisa pra ele me deixar em paz.

– Tá, tudo bem. Só que eu preciso terminar aqui, então... – Digo.

– Ah, sem problemas. – Ele responde, e volta pra parede, e fica encostado lá.

Continuei meu serviço, e fui o mais rápida possível pra sair logo dali, eu estava me sentindo sufocada, não gosto nada que fiquem me vigiando.