POV Zulema
Após o meu turno na lavanderia, decidi ir pra cela.
Ao chegar, me deparo com S/n fazendo alguma coisa na mesa, sozinha.
– Tenho permissão pra entrar? – Chamo atenção dela, a fazendo rir.
– Olha, a cela não está no meu nome. – Ela brinca.
Sorrio sutilmente e entro na cela.
– Tá com meu lápis de olho? Aquele azul esverdeado. – Pergunto, me aproximando.
– Acho que não. – S/n se levanta e pega a nécessaire dela, logo me entregando. – Confere aí, estou ocupada.
Dei um riso, aceitando a nécessaire, e ela logo se senta na cadeira novamente.
Procurei o lápis e suspirei ao não encontrar, então guardei a nécessaire onde estava, e fui curiar o que ela estava fazendo.
Percebi que ela estava rabiscando jornais e revistas, e sorri de canto.
– A Miranda passou algum trabalho valendo nota e não tô sabendo? – Zombei.
– Se fosse mesmo, com certeza eu carregaria o grupo nas costas. – Ela se gaba.
– Ia mesmo, você é trouxa. – Brinco, e me sento na cadeira próxima a ela.
– Ah, cala a boca vai. – Ela riu e continuou concentrada.
Após alguns instantes, S/n mostra a obra que fez no jornal, uma maquiagem pra cada pessoa que estava presente no papel.
– Belo croqui. – Ironizei. – A questão é, vai conseguir fazer pessoalmente?
– Estou pensando sobre isso, sabia? Você iria ser minha primeira cobaia.
– Porra, tô fodida.
– Você vai adorar, então cala a boca! – Ela ri.
– Vem calar. – Provoquei.
– Depois reclama que eu te provoco. – Ela arqueia as sobrancelhas.
– Nunca reclamei. – A encaro.
S/n deu uma risada e subiu no meu colo, me olhando por instantes, antes de me beijar carinhosamente. Retribui na mesma intenção, acariciando o rosto dela.
Após longos segundos, separamos nossos lábios, e ficamos nos olhando por um bom tempo. Dei um sorriso sutil ao admirar cada traço dela, poderia fazer isso por horas.
– Sabe? Acho que vou pedir pra Azra tatuar seus olhos na minha pele... – Ela sorri.
– Você tem medo de agulhas, não teria essa coragem. – Debochei.
– Será que não? Quer me desafiar? – Ela semi cerra os olhos.
Tentei decifrar se S/n estava só zoando com a minha cara, e ela se denuncia ao gargalhar.
– Porra... – Fiquei aliviada.
– Sua cara foi a melhor!
– Ia ser muita breguice.
– Ia mesmo, mas você ia ficar se achando com a breguice. – Ela aproxima mais seu rosto do meu.
– Me conhece bem. – A puxei pra um beijo novamente.
Nos beijamos por mais alguns segundos, até escutar alguém na porta.
– É o Palácios... – Suponho.
– Acho que sim... – Ela fica envergonhada.
– É, sou eu novamente. – Percebemos seu tom de voz constrangido.
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Vis A Vis: Mi Libertad
FanfictionS/n é uma modelo que cresceu em um meio elitista, trabalhando na agência da tia. A garota estava começando a engajar na carreira, mas não imaginava que sua própria tia iria a incriminar por sonegação de impostos. Ela não tinha como provar sua inocên...