Lina

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Deitei na cama para dormir mas o meu cérebro não conseguia descansar

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Deitei na cama para dormir mas o meu cérebro não conseguia descansar. Eu e meus irmãos partiríamos amanhã e eu não sei quando voltaríamos, ou quando eu teria a chance de participar novamente de um baile.
Além disso aquele beijo não saia da minha cabeça. Eu sabia que era errado, mas foi o melhor momento da minha vida toda e eu tinha esperança de repetir.

Calcei as minhas botas e me enrolei em um roupão, não havia tempo suficiente para me arrumar. Assim que abri a porta observei o corredor escuro e comecei a correr em direção ao jardim. Dei sorte de não encontrar ninguém, o castelo estava bem mais vazio do que no dia da festa e apenas alguns guardas circulavam pelos corredores. Quando cheguei no labirinto eu usei a mesma técnica do dia anterior e após alguns minutos cheguei ao centro. Assim como esperado o Thomas estava lá sentado na escada do coreto com as pernas esticadas e a cabeça baixa

— parece que aprendeu o caminho — falou com a voz grossa que me arrepiou toda

— não é tão difícil quanto parece

Ele levantou e deu alguns passos para perto de mim analisando minha roupa

— o que faz aqui?

— sinto muito pela situação com seu irmão, queria dizer isso antes de partir

— você veio aqui só para dar suas condolências a respeito da minha situação familiar? — O Thomas pegou uma mecha do meu cabelo castanho enrolou em seu dedo com calma  — quando vocês vão voltar para casa?

— amanhã de manhã

A proximidade de nossos corpos e a intensidade dos olhos dele estava me deixando sem ar

— pensei que não gostasse de mim

O Thomas deu um passo para trás e me guiou até o coreto, onde segurou minha cintura e me encostou contra uma das colunas

— ainda não me disse o que veio fazer aqui

— queria ver você

— por que?

— eu não sei

A boca dele foi trilhando beijos pelo meu pescoço e eu fechei os olhos. Meu corpo estava queimando, meu coração batia tão forte que poderia pular para fora. Ele foi em direção a minha orelha e mordeu uma área sensível que quase fez minhas pernas falharem.
Senti a mão grande descendo pelo meu corpo ate o laço do roupão e com cuidado ele desamarrou. Meu Deus eu iria morrer. Simplesmente qualquer racionalidade que existiam em mim evaporou. Nosso beijo não era calmo, tinha uma necessidade que jamais senti.
O Thomas passou a mão atrás do meu joelho e me levantou do chão como se eu não pesasse nada, depois me colocou sentada no guarda corpo

— Thomas... eu nunca...

— eu sei, não vamos passar disso

Não sei quanto tempo ficamos nos beijando, parecia uma eternidade, mas estava tão bom que eu não queria me afastar

AbominávelOnde histórias criam vida. Descubra agora