Lina sempre viveu em uma gaiola de ouro graças a seu pai e seus irmãos protetores. Ela jamais imaginou que um baile traria tantos problemas
Thomas é arrogante, ambicioso e não se importa com nada além de sí mesmo. Quando seu pai decide que passará...
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Deixei a Lina e voltei para o quarto em que eu estava hospedado. Assim que cheguei fui direto para o banheiro, joguei agua no rosto e observei meu reflexo no espelho. Os meus olhos costumavam ser daquela cor quando eu era criança, até que um dia tudo mudou e eles escureceram. Odiava o quanto beijar a Lina fazia as coisas na minha cabeça ficarem confusas.
Ela era muito inocente, sempre olhava para mim como se eu fosse seu príncipe encantado, mas a verdade é que eu era o vilão. Não me importava com sua alegria, com seus sonhos e ainda assim não conseguia entender o motivo dela causar arrepios na minha pele sempre que me tocava com aqueles pequenos dedos delicados
— Thomas — ouvia voz da minha mãe na porta e levantei a cabeça — esta tudo bem?
— vocês adoram invadir meu espaço sem sequer bater na porta
— vi você caminhando irritado para cá...
— e ai veio se certificar de que eu não me meti em nenhuma confusão
— você estava com a Lina?
— isso importa?
— o que você sente sempre vai importar
Dei uma risada sem humor e fui em direção ao banheiro
— seus olhos...eu...
— Eu estou tentando, mãe
Eu precisava convencer meus pais e todo o mundo que realmente gostava daquela garota. Estava tão irritado que comecei a sair do personagem e precisei respirar fundo algumas vezes.
Minha mãe se aproximou de mim com os olhos marejados e me abraçou. Eu era um homem agora e ela ficava pequena perto de mim. Não me lembrava a ultima vez que tínhamos nos abraçado, eu não me lembrava do cheiro do seu perfume, do toque do cabelo macio que agora era bem mais curto
— Estou muito feliz por você estar tentando — Ela se afastou — durma um pouco, já esta tarde e vamos partir bem cedo
Concordei com a cabeça e ela saiu do quarto. Deitei na cama mas o cheiro da Lina ficou grudado em cada canto do lençol. Era sufocante o quanto eu cheguei a deseja-la aquela noite e quase joguei tudo pelo ralo.
Só havia uma forma de me aliviar. Calcei os sapatos e caminhei pelos corredores do castelo que ainda permanecia cheios de convidados do baile. Fui para uma área mais isolada do jardim e encontrar duas garotas em um canto. Pela forma que me olharam eu vi que tinha interrompido algo
— ola garotas
— principe Thomas — murmurou
— posso me juntar a vocês?
As duas se olharam e a loira se virou para mim com um sorriso no rosto
— seria um prazer
Eu sequer conseguia ver a aparência das duas na escuridão, mas não estava me importando com isso. Precisava tirar aquela bola que se alojava no meu estômago